Criptomoedas podem continuar em queda segundo Deutsche Bank

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Criptomoedas podem continuar em queda segundo Deutsche Bank. Conforme relatório divulgado pelo banco analistas explicaram “conseguir que os preços dos tokens se estabilizem é difícil porque não existem “modelos comuns de avaliação como os do sistema de capital público”, escreveu o banco no documento. Além disso, segundo a empresa, o mercado de criptomoedas é altamente fragmentado.

E assim, como o Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas são ativos especulativos e de alto risco, eles são “desproporcionalmente afetados pelo aperto do banco central”, disse o relatório.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está longe de terminar com seu ciclo de aperto, o Banco Central Europeu (BCE) “ainda não decolou” e o Banco do Japão (BOJ) está enfrentando “pressões de mercado que estão adicionando turbulência até mesmo a mercados de refúgio”, citou a nota.

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Contudo, as negociações especulativas provavelmente envolverão o uso simultâneo de várias moedas, o que aumenta os efeitos colaterais. Qualquer liquidez que possa existir nesses mercados pode evaporar rapidamente, o que afetaria a confiança nos preços e aumentaria a probabilidade de contágio, acrescentou. O risco macro também é uma preocupação.

Esses fatores macro são amplificados pela possibilidade de recessão nos EUA e pelo pessimismo dos investidores. Ambos são prejudiciais aos ativos especulativos, e qualquer choque macro pode testar as baixas recentes nos preços das criptomoedas e “reacender os riscos de contágio no ecossistema DeFi”, acrescentou.

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No entanto, o Deutsche Bank observou que o BTC e outros ativos digitais têm sido cada vez mais correlacionados com os índices de ações Nasdaq e S&P 500 nos últimos meses. Com base em sua correlação anterior com o S&P 500 e usando um preço básico do S&P 500 de 4.750, o banco disse que o BTC pode chegar a US$ 28.000 até o final do ano, acrescentando que isso seria um rali de 32% em relação aos níveis atuais, mas ainda menos do que metade de sua alta histórica registrada em novembro do ano passado.

Por fim, os economistas do banco preveem uma recessão nos EUA em 2023 e um pico de inflação no país de 9,1% em setembro; eles compararam os “ventos de estagflação (crescimento econômico lento e desemprego alto) global” de hoje com os anos 1970, quando a energia era a indústria de melhor desempenho. “A menos que o Bitcoin esteja se tornando petróleo digital”, seu desempenho pode ser modesto durante um período de alta inflação, finalizou o relatório.

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