O vice-presidente do partido português Chega, Pedro dos Santos Frazão, reagiu com veemência às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Gilmar Mendes, feitas durante entrevista à CNN Portugal no dia 3 de outubro de 2025, em Lisboa. O ministro como vários de seus pares tem se envolvido e opinado sobre setores e questões as quais não cabe ao STF fazer manifestações públicas.
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Na ocasião, Gilmar Mendes afirmou que o sistema de imigração em Portugal apresenta falhas graves, descrevendo-o como “desorganizado e caótico”, e ressaltou que esses problemas geram insegurança entre brasileiros que residem no país europeu.
Em resposta pública em suas redes sociais, Frazão classificou os comentários de Gilmar Mendes como um insulto a Portugal. Ele afirmou que o Brasil, ao contrário de Portugal, é um país marcado por favelas e onde, segundo ele, “a justiça libera corruptos e criminosos todos os dias”. Pedro dos Santos Frazão também afirmou que o ministro brasileiro não tem autoridade para dar lições a Portugal, afirmando que “Portugal é soberano e não aceita sermões de brasileiros próximos de Lula”, referência ao governo brasileiro atual, que foi liberado da prisão pelo próprio STF, mesmo com “provas sobradas” de corrupção em casos como a Lava-Jato.
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A polêmica escalou ainda mais com Frazão recomendando que Gilmar “deveria pôr ordem na sua própria casa”, em clara alusão às questões internas brasileiras, além de defender a soberania e a autonomia do sistema migratório português.
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As declarações de Gilmar Mendes segundo especialistas são inapropriadas e não cabem a um servidor público da Suprema Corte. Mas sim, a servidores da diplomacia brasileira. Estas manifestações de ministros do STF tem causado desgastes entre o Brasil e outros países, como se os mesmo tivessem autorização e legitimidade para falar e tratar de qualquer assunto, porém não a tem.
