Defensoria Pública da União está sem chefe desde o início do governo Lula. A Defensoria Pública da União (DPU) está sem comando há quase três meses. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu a lista tríplice com a indicação de três nomes para chefiar a DPU, no entanto, até o momento, o governo ainda não decidiu quem indicar. Conforme o Palácio do Planalto, Lula quer conversar com os escolhidos antes da decisão.
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A lista foi elaborada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais. A categoria indicou os defensores públicos Daniel Macedo, chefe da instituição até janeiro deste ano e que tenta ser reconduzido ao cargo; Igor Roque, ex-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais; e o defensor Leonardo Magalhães.
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No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro havia escolhido Macedo para um novo mandato, porém a indicação foi revista por Lula. Macedo foi o defensor mais votado da lista pela categoria, em novembro.
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Para PGR, Lula é contra lista tríplice
Em entrevista ao site Brasil 247, Lula disse que vai abrir mão da lista tríplice do Ministério Público Federal para indicar o próximo procurador-geral da República. Ele culpou a força-tarefa da Lava Jato, a quem chamou de “moleques”, ao justificar a sua posição.
“Única coisa que tenho certeza é que eu não vou escolher mais lista tríplice”, garantiu. “E o Ministério Público Federal tem de saber que eu não vou escolher por irresponsabilidade da força-tarefa do Paraná, que foi moleque, que prejudicou a imagem do Ministério Público Federal, que quase destruiu a imagem da seriedade do Ministério Público, bando de moleque irresponsável.
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Entenda o que é a lista tríplice
A lista tríplice é um processo utilizado em algumas instituições no Brasil para a escolha de cargos de chefia. Essa prática ocorre, por exemplo, na escolha de reitores de universidades federais e em algumas indicações para ministérios do governo.
A lista tríplice consiste em uma lista com três nomes indicados por uma determinada categoria (como, por exemplo, os professores de uma universidade), que são submetidos ao órgão responsável pela nomeação do cargo. Geralmente, o órgão que faz a nomeação é o Presidente da República ou algum membro do Poder Executivo.
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Após a apresentação da lista tríplice, o órgão responsável pela nomeação tem o poder de escolher qualquer um dos três nomes indicados. A ideia é que a escolha a partir de uma lista com três nomes ajude a evitar indicações políticas ou pressões externas, garantindo uma escolha mais técnica e baseada no mérito.
A lista tríplice garante maior autonomia e democracia nas instituições, permitindo que a categoria tenha um papel mais ativo na escolha de seus dirigentes.