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A Defesa Civil de Florianópolis e o governo de Santa Catarina acusaram, nesta quarta-feira, 8, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar caminhões que levam ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul. Os veículos que levavam doações ao Estado foram penalizados por excesso de carga. A agência admitiu a ação.

Samuel Vidal, coordenador da Defesa Civil de Florianópolis, disse que um caminhão do órgão foi parado em um posto de passagem da ANTT na BR-101 em Araranguá (SC).

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“Justamente para não fugir do fluxo correto, entramos no posto em Araranguá”, contou Vidal. “Fizemos a pesagem e uma das carretas passou do peso, mas era coisa pouca.”

Vidal explicou que, por ser um sistema digital, a carreta foi retirada para o pátio da ANTT, responsável pela fiscalização da carga. No local, eles foram cobrados de documentações que não são possíveis apresentar. Por se tratar de doações, não há um registro da origem das mercadorias.

“A fiscal solicitou que a gente apresentasse as notas fiscais das mercadorias”, explicou. “Aí eu disse que é impossível, é de ajuda humanitária. Apresentei a documentação da Fundação Somar Floripa, e fomos liberados, mas com multa.”

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De acordo com Vidal, a fiscal queria que os voluntários tirassem a carga excedente do caminhão e a colocassem em outro veículo. Ele explicou que não seria possível realizar o remanejamento. Além de multa por excesso de carga, a Defesa Civil teria sido penalizada por evasão.

“Sou servidor público, não vou apresentar fake news“, disse o coordenador da Defesa Civil de Florianópolis. “Estou levando ajuda humanitária. Não tenho nada a ganhar com isso.”

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