Em setembro de 2025, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro realizou sustentação oral histórica na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Sanchez Vilardi, das acusações de suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, afirmou não haver provas contra o ex-presidente da República.
Durante a sustentação oral, os advogados da defesa enfatizaram que não existe uma única prova concreta que ligue Bolsonaro à tentativa de golpe. A defesa questionou fortemente a credibilidade dos delatores, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e classificou as acusações como baseadas em suposições e documentos frágeis. Nesta quarta-feira 3.
O advogado Celso Vilardi destacou que o ex-presidente sempre respeitou o Estado Democrático de Direito e que as acusações carecem de fundamentação jurídica sólida. Para a defesa, houve cerceamento do direito ao contraditório e falta de provas consistentes apresentadas pelo Ministério Público.
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Acusações contra Bolsonaro no STF
A Procuradoria-Geral da República (PGR), indicada por Lula, acusa Bolsonaro de liderar uma suposta trama que envolvia o uso de estruturas estatais para ameaçar a democracia brasileira, mas não apresenta provas. Bolsonaro estava nos EUA durante o período em questão.
A queixa de Vilardi foi a mesma da defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
“Com 34 anos de advocacia, tenho de dizer que não conheço este processo, por não ter tido acesso integral a ele”, desafabou Vilardi. “São bilhões de documentos, em uma instrução de menos de 15 dias. Não pude nem sequer interpelar a cadeia de custódia.”
A espinha dorsal da acusação oferecida pela PGR foi colocada em xeque pelo advogado.
Vilardi lembrou ainda que Cid mentiu ao longo do processo, além de ter confessado suposta coação da PF. ” CId prestou depoimento 16 vezes e mudou sua versão diversas vezes”, observou ele.
A revista Veja inclusive divulgou duas reportagens a respeito. Em uma delas. Cid sugere ter sido forçado a aderir a uma versão da PF, noutra, o tenente-coronel falta com a verdade com relação a um perfil no qual revelou o conteúdo de sua delação.
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“Cid pôs em xeque a voluntariedade de uma colaboração”, constatou Vilardi, ao mencionar que a Meta comprovou que o militar criou um perfil no Instagram em nome de sua mulher, Gabriela. Por meio dessa conta, o tenente-coronel teria tido atitudes que quebrariam o acordo firmado com o STF. “Esse homem não é confiável, pois rompeu a delação formalmente, mentiu e pôs sua voluntariedade em xeque.”
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Suposta minuta foi encontrada com Cid sem ligação com Bolsonaro
O advogado de Bolsonaro também afirmou que a chamada “minuta do golpe” foi encontrada com Cid.
Vilardi disse que o suposto documento é apócrifo e não prova nada contra o ex-presidente.
“Bolsonaro autorizou a transição de poder e ajudou o recém-nomeado por Lula ministro da Defesa, José Mucio, a acertar os comandantes”, quem quer dar golpe dificultaria a vida do sucesso, Bolsonaro fez o oposto, disse Vilardi.