Denúncia contra comandante do Exército é acatada pelo MPF. O Ministério Público Federal (MPF) acatou uma notícia-crime contra o comandante do Exército general Júlio César de Arruda, indicado para o posto pelo governo Lula, por suposta prevaricação, na terça-feira 17. Ele é acusado de omissão, por não ter desmobilizado o acampamento em frente aos quartéis-generais (QGs) em todo o país.
A denúncia foi protocolada por Luciene Cavalcante (Psol-SP), suplente da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Luciene vai assumir a cadeira neste ano.
VEJA AINDA: Senador Girão aciona PGR contra Dino e ministro do GSI
Luciene alega que houve “falta de empenho” do comandante do Exército em desmobilizar os acampamentos, que teriam servido para abrigar manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo 8.
MAIS INFORMAÇÃO: Governo Lula foi informado por ABIN sobre segurança em Brasília e não agiu
Na ação, a parlamentar também citou uma “barreira” montada por soldados do Exército para proteger o acampamento na noite dos atos que registraram vandalismo, em Brasília.
SAIBA MAIS: Veja o documento que comprova que Flávio Dino foi comunicado e não agiu
“Os depoimentos feitos à Polícia Federal demonstram que o acampamento do Distrito Federal foi estratégico para o ato golpista”, alega Luciene. “Nesse sentido, é urgente investigar os relatos que dão conta da participação, seja por ação seja por omissão, do alto comando do Exército.”
MAIS INFORMAÇÃO: Pedido de prisão de Flávio Dino é arquivado por Alexandre de Moraes
O acesso ao acampamento e o desmonte das instalações só foram possíveis na manhã do dia seguinte aos ataques. A deputada também solicitou ao MPF que, além do comandante do Exército, outros militares também sejam investigados por não promoverem a desocupação dos acampamentos em frente aos QGs.
LEIA AINDA: Comandos de operações especiais da PRF são extintos por Flávio Dino