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O mercado de trabalho brasileiro iniciou o ano de 2025 com um sinal de alerta. A taxa de desemprego no país subiu para 7% no primeiro trimestre, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual representa um avanço em relação ao trimestre anterior — encerrado em dezembro de 2024 — quando o índice ficou em 6,2%.

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O levantamento faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que acompanha os principais indicadores do mercado de trabalho no país desde 2012. Segundo o IBGE, o aumento já era esperado por analistas do mercado financeiro, que projetavam alta para 7%, conforme a mediana de previsões apuradas pela agência Bloomberg.

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Mas o que está por trás dessa elevação? Quais são os impactos para a economia e o que esperar nos próximos meses?

Historicamente, o primeiro trimestre costuma ser marcado por aumento na taxa de desocupação, especialmente devido ao fim dos contratos temporários firmados no final do ano anterior, durante as festas e o pico do consumo de fim de ano.

Com o encerramento dessas vagas, milhares de trabalhadores voltam a procurar novas oportunidades, pressionando os índices de desocupação.

De acordo com os critérios oficiais do IBGE, é considerada desocupada qualquer pessoa com 14 anos ou mais que esteja sem trabalho e em busca ativa por ocupação.

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Desemprego formal versus informalidade

A Pnad Contínua oferece uma visão ampla sobre o mercado, revelando dados do emprego formal — com carteira assinada ou CNPJ — e também da informalidade, que inclui ocupações por conta própria, sem registro ou sem acesso à seguridade social.

Nos trimestres anteriores, o país vinha demonstrando sinais de resiliência no mercado de trabalho, especialmente com o crescimento do emprego formal, que ajudou a impulsionar o consumo e, consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, o aumento da desocupação neste início de ano pode indicar uma fragilidade estrutural ou uma demanda reprimida que retorna ao mercado após o período de contratações sazonais.

Dados complementares do mercado:

  • Taxa de informalidade segue alta, representando mais de 39% da população ocupada.
  • Nível de ocupação ainda é inferior ao período pré-pandemia.
  • Rendimento médio real permanece estável, mas sem crescimento significativo. Comparando com a alta da inflação pode-se considerar queda.

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Efeitos na economia: consumo e política monetária em foco

O aumento do desemprego tem impacto direto no consumo, que é um dos principais motores do crescimento econômico no Brasil. Com mais pessoas fora do mercado de trabalho, há uma redução no poder de compra das famílias, o que pode afetar setores como comércio, serviços e construção civil.

Ao mesmo tempo, o Banco Central (BC) tem mantido uma postura rígida em relação à política monetária. A taxa Selic está em 14,25% ao ano e, segundo previsões do mercado, poderá chegar a 15% até o final de 2025.

O objetivo da autoridade monetária é conter a inflação persistente, mesmo que isso resulte em menor ritmo de atividade econômica. Essa combinação — juros altos e desemprego em alta — pode dificultar a retomada do crescimento nos próximos trimestres.

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Próxima reunião do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na próxima semana para definir o novo patamar da taxa básica de juros. Com o aumento do desemprego, haverá pressão para que o BC reavalie seu ciclo de aperto monetário.

Contudo, a inflação ainda resistente pode manter a Selic elevada por mais tempo, o que gera um cenário desafiador para a geração de empregos formais e informais.

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Comparativo com trimestres anteriores

O novo dado de 7% de desemprego representa uma alta de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, que havia fechado em 6,2%.

No trimestre móvel encerrado em fevereiro, a taxa já havia alcançado 6,8%, indicando uma tendência de elevação.

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