O Deutsche Bank espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a taxa de juros básica da economia brasileira em 1 ponto percentual, para 12,25%, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado. Segundo o banco, a Selic deve atingir pico de 14,5% até o fim do ciclo.
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“Depreciação cambial, expectativas de inflação desancoradas, política fiscal elusiva, dinâmica de dívida insustentável e superaquecimento nos mercados de bens e trabalho sustentam nossa visão”, apontam em relatório Drausio Giacomelli, estrategista-chefe para mercados emergentes do Deutsche Bank, e o analista JP Schuchter.
Assim, o banco enxerga necessidade de taxas elevadas por mais tempo, e “crescimento subpotencial em meio ao risco crônico de uma crise de dívida doméstica”.
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O banco espera que o Comitê deixe em aberto os próximos passos do ciclo, e vê outro aumento de 100bp em janeiro.
“E, se a moeda permanecer fraca e as expectativas de inflação elevadas, o Bacen pode ter que manter o ritmo de aumento de 100bp (embora achemos mais provável uma desaceleração)”, completam.
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Os especialistas alertam que os juros nominais estariam mais próximos do patamar verificado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, quando a inflação ultrapassou 10%.
“Essas condições esticadas devem pesar significativamente no crescimento após o desempenho superior recente, embora uma queda acentuada pareça improvável nos próximos dois anos com estímulos implacáveis. Isso impede uma crise de dívida completa no período, em nossa opinião”, conclui o Deutsche Bank.