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A AD (Aliança Democrática), coligação de centro-direita formada por PSD (Partido Social Democrata), CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular) e PPM (Partido Popular Monárquico), lidera com uma vantagem pequena as eleições legislativas de Portugal neste domingo, 10.

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Portugal, com seu sistema político semipresidencialista, tem no presidente o chefe de Estado, eleito por voto popular para um mandato de cinco anos. O presidente tem a prerrogativa de nomear o primeiro-ministro, geralmente escolhido com base no líder do partido mais votado ou da coalizão com o maior número de assentos parlamentares, configurando a estrutura de poder do país.

Com 98,98% das urnas apuradas até as 21h49 (horário de Brasília), a coligação ganhou 77 cadeiras na Assembleia da República. A legenda adversária de esquerda PS (Partido Socialista) aparece com 75 assentos. Já 46 deputados do partido de direita Chega foram eleitos. As informações são da SGMAI (Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna) de Portugal.

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A Aliança Democrática, uma coalizão formada por partidos de centro-direita e uma legenda de centro-esquerda, garantiu a vitória com quase todas as urnas apuradas, alcançando 29,5% dos votos. O Partido Socialista, liderando até então, ficou em segundo lugar com 28,7% dos votos, enquanto a surpreendente ascensão do partido de direita Chega, que conquistou mais de 18% das preferências, marcou o pleito ao triplicar sua votação em comparação ao ano anterior.

Sob a liderança de André Ventura, o Chega emergiu com uma campanha antiestablishment, focando no combate à corrupção e expressando preocupações quanto à imigração. Ventura celebrou o resultado como o início de uma nova era na política portuguesa, anunciando o “fim do sistema bipartidário” dominante no país por cinco décadas, período no qual o poder oscilou entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata.

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A eleição registrou um expressivo aumento na taxa de participação eleitoral, atingindo quase 65%, um salto significativo dos 51,5% observados em 2022. O pleito foi convocado após a renúncia do primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, em meio a investigações de corrupção, refletindo os diversos desafios do país como a crise habitacional, baixos salários, saúde precária e percepções de corrupção endêmica.

A Aliança Democrática mostrou hesitação em formar aliança com o Chega, indicando a possibilidade de enfrentar um governo minoritário. Esse cenário aponta para potenciais dificuldades em passar legislações e manter estabilidade parlamentar.

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