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Três americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco foram detidos na Venezuela por estarem vinculados a um suposto plano para “desestabilizar” e gerar “ações violentas” no país. Washington e Madri rejeitaram as acusações.

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O anúncio das prisões foi feito no sábado (14) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que informou sobre a apreensão de 400 fuzis dos Estados Unidos. O ministro mencionou um suposto plano para atingir o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo.

“Foram recentemente detidos dois cidadãos espanhóis em Puerto Ayacucho [Amazonas, sul], José María Basua e Andrés Martínez Adasme”, disse Cabello em uma coletiva de imprensa na qual falou sobre um plano para supostamente “gerar violência” e “desestabilizar” o país. Cabello acrescentou que também foram capturados um cidadão tcheco e três americanos identificados como Wilbert Josep Castañeda, um “militar da ativa” e “chefe” da operação, Estrella David e Aaron Barren Logan.

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Cabello vinculou os supostos planos para “atacar” a Venezuela a centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes. “Contactaram mercenários franceses, mercenários do leste europeu e estão em uma operação para tentar atacar nosso país”, acrescentou. Segundo ele, todos os detidos estariam confessando o plano.

A Espanha reagiu neste domingo (15) afirmando que “nega e rejeita categoricamente” as acusações da Venezuela. Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, em Madri, disse ainda à AFP que o governo espanhol “verificou” que os dois detidos espanhóis “não fazem parte” da agência de espionagem espanhola CNI “ou de qualquer outra organização estatal”, reforçando que “a Espanha defende uma solução democrática e pacífica para a situação na Venezuela”.

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No sábado à noite, um porta-voz do Departamento de Estado americano classificou como “categoricamente falsas” as acusações de que os EUA estariam envolvidos em um complô para desestabilizar o governo Maduro. O funcionário confirmou que um militar americano foi detido e citou “relatórios não confirmados de outros dois cidadãos americanos detidos na Venezuela”.

As prisões ocorrem em meio a fortes tensões diplomáticas entre Caracas e os governos da Espanha e dos Estados Unidos, após as eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela. A reeleição do presidente foi proclamada em meio a denúncias de fraude pela oposição.

Nesta semana, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madri para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar contra os questionamentos à reeleição de Maduro. As relações com o país europeu também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir em La Moncloa com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.

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