O dólar chegou a R$ 5,86 nesta sexta-feira, atingindo o maior patamar desde maio de 2020, quando o Brasil enfrentava o auge da pandemia de Covid-19.
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A alta ocorre apesar de dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que em tese poderiam aliviar a pressão sobre a moeda americana. Especialistas atribuem a disparada do dólar às incertezas sobre a condução fiscal no Brasil, que continuam a preocupar investidores.
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As taxas de juros futuros também refletem a apreensão. O depósito interfinanceiro (DI) para 2027 já é negociado acima dos 13% ao ano, sinalizando que o mercado teme descontrole fiscal e busca se proteger com juros mais altos.
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Ramon Coser, da Valor Investimentos, destaca que a viagem do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa na próxima semana deve adiar ainda mais um esperado anúncio de medidas para conter os gastos públicos. “O governo não está se posicionando a respeito de um corte de gastos e não deve sair nada na próxima semana, com viagem de Haddad ao exterior. Quanto mais incerteza, o mercado fica em tom de espera, procurando se proteger, o que traz mais volatilidade”, explica Coser.
O ministro Haddad só deve retornar ao Brasil no dia 9 de novembro, o que reforça o clima de incerteza. Além disso, a aproximação das eleições americanas, que terminam na terça-feira, contribui para a instabilidade no câmbio, aumentando a volatilidade dos mercados globais.
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