O dólar comercial terminou a sessão desta sexta-feira (14) valendo R$ 5,696, queda de 1,26%. Esta é a primeira vez que a moeda americana fecha abaixo de R$ 5,70 desde 7 de novembro de 2024. Na máxima do dia, a divisa bateu R$ 5,770, na mínima foi negociada a R$ 5,694.
O Ibovespa encerrou a sexta-feira no maior patamar do ano, em alta de 2,7% aos 128.219 pontos.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas recíprocas a parceiros comerciais, que atingirão o Brasil. Como as medidas anunciadas ainda não entraram em vigor, o dólar acompanhou o alívio do mercado financeiro em meio ao “tarifaço” do republicano.
Investidores em Wall Street foram às compras depois que o índice de preços ao consumidor (CPI) mostrou que a inflação básica desacelerou inesperadamente em dezembro, e os principais bancos dos EUA iniciaram a temporada de divulgação de lucros trimestrais com resultados impressionantes.
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Saíram resultados positivos do Citi, do Goldman Sachs, do JPMorgan, que inclusive teve lucro recorde, do Wells Fargo, superando expectativa, e da BlackRock, com recorde de gestão de ativos no trimestre. “O mercado está respirando aliviado, já que os indicadores de inflação consecutivos, PPI ontem e CPI esta manhã, vieram ligeiramente abaixo das expectativas”, disse à CNBC John Kerschner, chefe de produtos securitizados dos EUA e gerente de portfólio da Janus Henderson Investors. “Talvez o mais importante, o número do CPI de hoje tira da mesa aumentos adicionais de taxas, que alguns participantes do mercado estavam começando a precificar prematuramente”.
No cenário interno, a pesquisa Datafolha, divulgada nesta tarde, mostrou a maior queda na aprovação do presidente Lula (PT) em seus três mandatos. Parte do mercado acredita que o resultado do levantamento aponta para a chance de Lula não disputar a reeleição em 2026.
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Segundo o Datafolha, a popularidade do petista passou de 35% para 24% nos últimos dois meses. A reprovação do mandatário escalou de 34% para 41%. Os que acham o governo regular somam 32%, antes eram 29%.
O mercado entende que nenhum presidente conseguiu se reeleger com aprovação tão negativa. Então a possibilidade de mudança dele não se reeleger ou não querer se candidatar aumenta. Há chances de uma mudança de governo em 2026 para um governo mais fiscalista, mais alinhado ao mercado.
A bolsa brasileira tem um total de 128 programas de recompra de ações abertos, de acordo com levantamento da Quantum Finance. No ano passado, o Brasil registrou um recorde de 126 pedidos de recompra aprovados. Em 2023, foram 80 pedidos.
Os programas de recompras são de setores como financeiro, varejo, construção, e acontecem em meio à perspectiva de que os juros e a inflação continuem elevados por um longo período. Isto também movimentou a bolsa nesta sexta-feira, fazendo o mercado de opções deixar muita gente endividada.