O dólar sobe frente ao real nesta terça-feira, em linha com a força em mercados emergentes, à medida que investidores demonstravam aversão ao risco em meio à decepção com a falta de apoio de autoridades chinesas a medidas mais fortes de estímulo e temores pelo aumento das tensões no Oriente Médio.
Às 9h31, o dólar à vista subia 0,51%, a 5,5146 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,21%, a 5,525 reais na venda.
Nesta sessão, o dólar ampliava os ganhos da véspera sobre moedas de países emergentes, uma vez que investidores digeriam comentários de autoridades chinesas sobre a economia que decepcionaram participantes do mercado, que esperavam a adoção de medidas mais fortes para sustentar o crescimento.
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
O presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie, disse em uma coletiva de imprensa que o governo planeja emitir 200 bilhões de iuanes (28,3 bilhões de dólares) em gastos orçamentários antecipados e projetos de investimento a partir do próximo ano.
Preços de commodities importantes, como petróleo e minério de ferro, recuavam nesta sessão com a decepção em relação à China, maior importador de matérias-primas do planeta.
Com isso, a moeda norte-americana avançava sobre divisas mais dependentes do desempenho de commodities, com altas ante o rand sul-africano e o peso chileno.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — tinha estabilidade a 102,480.
No radar dos agentes financeiros, também estava a escalada dos conflitos no Oriente Médio, uma vez que Israel ampliava sua ofensiva no Líbano contra o grupo Hezbollah, o que na semana passada gerou retaliação por parte do Irã.
A perspectiva de uma guerra ampla na região, que geraria uma série de incertezas políticas e econômicas, tem provocado aversão ao risco nos mercados globais, afastando investidores de ativos mais arriscados.
AINDA: Corretor de petróleo é condenado nos EUA por propina relacionada a Petrobras e operação Lava Jato
Ao longo desta semana, as atenções se voltarão para a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos, com os mercados em busca de sinais sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve.
O índice de preços ao consumidor dos EUA será divulgado na quinta-feira, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,1% em setembro, ante o avanço de 0,2% no mês de agosto.
No Brasil, dados do IPCA de setembro serão divulgados na quarta-feira. Em pesquisa da Reuters, analistas projetam alta de 0,46%, de queda de 0,02% em agosto.