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O investidor estava mal acostumado, afinal, o Ibovespa vinha de uma sequência de 11 altas em 12 sessões e dólar, em muitas delas, operou em queda. Mas nesta quinta-feira (22), véspera do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, a bolsa e o câmbio inverteram a tendência.

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Enquanto o Ibovespa deu ré e já renovou uma série de mínimas intradiárias testando nesta tarde níveis abaixo dos 135 mil pontos, o dólar segue em escalada, beirando em R$ 5,60 na máxima do dia.

Por volta de 15h55, o Ibovespa recuava 0,95%, 135.167,92 pontos, enquanto o dólar à vista subia 0,10%, a R$ 5,5870.

Entre as ações, a Embraer se destaca, chegando a liderar os ganhos do Ibovespa durante a manhã, com alta de 1,64%. Os papéis da fabricante de aeronaves tendem a se favorecer com o dólar em alta.

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O real está sendo pressionado por conta da valorização externa do dólar e também dos yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro dos EUA.

A moeda norte-americana e os Treasurys ganharam força, após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos EUA.

O PMI composto, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 54,3 em julho para 54,1 em agosto, atingindo o menor nível em quatro meses, segundo dados preliminares da S&P Global. O resultado, porém, veio levemente acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de queda para 54.

Após o dado, o T-note de 2 anos renovou máxima intradiária, subindo a 3,982%, enquanto o de 10 anos avançava a 3,837% e o 30 anos tinha alta de 4,109%.

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A espera por Powell

Powell participa na sexta-feira (23) do Simpósio de Jackson Hole, um dos principais eventos de política monetária do mundo. 

A expectativa é de que o chefão do Fed sinalize com mais clareza o corte de juros em setembro. Na quarta-feira (21), a ata da reunião de julho mostrou que os membros do comitê de política monetária estão prontos para apoiar a redução da taxa no mês que vem. 

Enquanto esperam por Powell, os investidores refazem posições cambiais defensivas, de acordo com analistas. 

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Os investidores também esperam sinais da política monetária brasileira em meio a expectativas de um aumento da Selic em setembro.

Participando do congresso da Fenabrave, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse no início da tarde que não há qualquer tipo de modulação ou gradação em suas declarações recentes, e que gostaria de reafirmar posicionamentos feitos ao longo desta e da última semana.

“Não há qualquer tipo de modulação ou gradação nas mensagens que transmiti e nas minhas falas anteriores ao longo deste ciclo [após a divulgação da última ata do Copom]”, afirmou Galípolo.

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