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O Ibovespa renovou máximas históricas nesta terça-feira, fechando acima dos 136 mil pontos pela primeira vez na sua história, com Braskem e Weg entre os destaques positivos, mas o volume ficou bem abaixo da média diária do mês.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,23%, para 136.087,41 pontos, chegando a 136.329,79 pontos no melhor momento — recordes de fechamento e intradia, respectivamente.

O volume financeiro no pregão somou apenas 21,23 bilhões de reais, de uma média diária de 29,55 bilhões de reais em agosto.

Na mínima, o Ibovespa recuou a 135.311,68 pontos, reflexo de movimentos de realização de lucros e ajustes, uma vez que no mês já contabiliza um ganho de 6,61%.

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Parte relevante desse avanço reflete o fluxo positivo de capital externo para as ações brasileiras diante da perspectiva de que o Federal Reserve começará a cortar os juros nos Estados Unidos em setembro, em um ambiente econômico saudável.

Dados da B3 (BVMF:B3SA3) mostram uma entrada líquida de 6,4 bilhões de reais em agosto até o dia 16.

Na expectativa da decisão do Fed que será conhecida em 18 de setembro, agentes financeiros devem buscar em discurso do chair Jerome Powell na sexta-feira novos sinais sobre os planos da autoridade monetária norte-americana.

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Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 0,2%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 3,8124% no final do dia, de 3,867% na véspera.

Apesar das perspectivas de queda de juros nos EUA, a terça-feira foi de alta do dólar ante o real, com a moeda norte-americana fechando o dia com acréscimo de 1,34%, a 5,4862 reais, refletindo ajustes, o que contaminou a bolsa brasileira.

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Investidores também acompanharam declarações do presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, em um momento no qual crescem as análises de que a autoridade monetária pode precisar elevar a Selic neste ano.

Campos Neto afirmou que a mensagem transmitida pelo BC não mudou desde a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) e a autarquia atuará com cautela após análise de dados, podendo subir os juros básicos se necessário.

Dólar sobe 1% em um dia

O dólar à vista subiu mais de 1% nesta terça-feira e se reaproximou dos 5,50 reais, em um dia marcado pela busca global por ativos mais seguros, por ajustes técnicos no Brasil e por declarações consideradas mais brandas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a política monetária.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,34%, cotada a 5,4862 reais. Em agosto, no entanto, a divisa acumula queda de 3%.

Às 17h12, na B3 (BVMF:B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,28%, a 5,4865 reais na venda.

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O dólar avançou ante o real durante toda a sessão, influenciado por um conjunto de fatores.

No exterior, a moeda norte-americana também subia ante o peso mexicano e o rand sul-africano — moedas pares do real — e cedia ante o iene, o euro e a libra.

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Veja o desempenho dos papéis

BRASKEM PNA (BRKM5) valorizou-se 3,15%, com analistas do Citi elevando a recomendação das ações para “compra”, enquanto aguardam resultados melhores ano a ano no terceiro trimestre e veem a maior parte do risco de Alagoas assimilidada.

  • KLABIN UNIT (KLBN11) subiu 3,1%, favorecida pela alta do dólar ante o real. No setor, SUZANO (SUZB3) ON ganhou 1,51%.
  • PETZ ON (PETZ3) avançou 3%, ainda embalada pelas perspectivas com a união de seus negócios com a rival Cobasi. Desde o anúncio da assinatura do acordo, na última sexta-feira, as ações já subiram 39,4%.

WEG ON (WEGE3) fechou em alta de 2,55%, retomando a tendência positiva após correção negativa na véspera, quando caiu 2,7% após renovar máxima histórica intradia a 54 reais.

  • CVC (CVCB3) BRASIL ON recuou 4,67%, em meio a ajustes após disparar 12% na véspera, tendo como pano de fundo alta nas taxas futuras de juros de prazos mais longos. Em agosto, as ações ainda acumulam um ganho de cerca de 17,6%.
  • LWSA ON (LWSA3) caiu 3,83%, corrigindo parte do salto da véspera, quando fechou em alta de 12,7%.
  • VALE ON (VALE3) subiu 0,39%, endossada pela alta dos futuros do minério de ferro na Ásia, 1,21%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura avançou 0,71%.
  • PETROBRAS PN (PETR4) fechou em queda de 0,39%, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no exterior, onde o contrato Brent fechou em baixa de 0,59%.
  • ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) valorizou-se 0,73%, ampliando a alta no mês , em dia de fechamento positivo de ações de bancos no Ibovespa.
  • MINERVA ON (BEEF3) encerrou em alta de 1,69%, tendo no radar acordo para comprar 98% das ações ordinárias da Irapuru II Energia, uma sociedade de propósito específico (SPE) da Elera Energia, por 20 milhões de reais.

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