A Telefónica estuda alternativas para financiar sua expansão na Espanha e na Europa sem comprometer o equilíbrio financeiro conquistado nos últimos anos. Entre as opções em avaliação estão uma possível ampliação de capital e a venda de cerca de 20% da Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, filial em que o grupo espanhol detém atualmente 70% de participação.
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Segundo informações do jornal espanhol El Economista, as medidas fazem parte de uma ampla revisão estratégica conduzida pela companhia, com apoio da consultoria BCG (Boston Consulting Group). O plano deve ser apresentado oficialmente a partir de setembro.
A última vez que a Telefónica realizou uma emissão relevante de ações foi em 2015, para financiar a aquisição da operadora brasileira GVT. A partir de abril de 2016, deixou de existir como marca e foi incorporada à Vivo (VIVIT3). Desta vez, a empresa avalia levantar entre 3 bilhões e 4 bilhões de euros, valor semelhante ao necessário para disputar ativos estratégicos na Europa.
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Mesmo com a alienação parcial, o grupo manteria o controle da companhia, que seguiria consolidada no balanço, e reduziria sua exposição ao real, considerada fonte de volatilidade.
Caso opte pela ampliação de capital, a Telefónica contaria com o apoio de seus 3 principais acionistas: a estatal espanhola Sepi (Sociedade Estatal de Participações Industriais), o banco de investimentos Criteria Caixa e a operadora STC (Saudi Telecom Company). Juntos, os 3 investidores concentram cerca de 30% do capital da empresa.
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FOCO NA EUROPA
A operadora espanhola já executou diversas desinvestimentos nos últimos anos, com a venda de ativos em países como Peru, Equador e Colômbia. Faltam ainda desfechos para as operações no Chile, México e Venezuela. A empresa tem deixado a maioria dos países da América Latina para com problemas em sua gestão governamental estão ficando de fora da operação da empresa aos poucos.
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O presidente executivo da Telefónica, Marc Murtra, tem repetido que a prioridade da empresa é a Europa. A diretriz tem sido reafirmada em entrevistas, reuniões com investidores e audiências no Parlamento espanhol.
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Na Espanha, a Telefónica teria dificuldades para disputar sozinha a aquisição da Vodafone, controlada pela britânica Zegona. Considerando o valor de mercado e as dívidas da empresa, o valor estimado da operação supera 11 bilhões de euros, patamar que tornaria a venda pouco atrativa para os atuais controladores, que assumiram o negócio há pouco mais de um ano.
A decisão final sobre os caminhos que a companhia seguirá será anunciada nos próximos meses. Até lá, segundo El Economista, a empresa não descarta nenhuma hipótese, nem mesmo as que pareceriam improváveis em outros momentos.