A Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) criticou nesta segunda- feira 17, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao dizer que ele é “corresponsável” pela greve dos auditores da Receita Federal. A entidade afirma que o chefe da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu prioridade a outros segmentos e ignorou os pleitos de quem trabalha no Fisco.
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A Unafisco Nacional, representante dos auditores fiscais, responsabiliza o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela greve da categoria.
A principal queixa é a priorização de outras áreas sob a gestão de Haddad, com destaque para o reajuste salarial de 19% concedido à Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN), enquanto os salários dos auditores permanecem congelados.
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A greve, iniciada em novembro, ganhou força com a adesão de delegados de diversas regiões administrativas da Receita Federal, que passaram a cumprir apenas as funções mínimas.
Causas da Greve:
Disparidade Salarial: O reajuste da PFN, vinculada ao mesmo ministério, enquanto os auditores não receberam aumentos, é apontado como o principal motivo da insatisfação e da greve. A Unafisco considera o trabalho dos auditores tão estratégico quanto o da PFN.
Priorização de Outras Áreas: A Unafisco acusa Haddad de negligenciar as necessidades da Receita Federal, priorizando outras áreas sob sua gestão.
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Crise de Governança: A associação também aponta uma crise de governança na Receita Federal como um fator contribuinte para a greve.
A greve ganhou força com a adesão de delegados e adjuntos das administrações regionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Eles notificaram formalmente os superintendentes de que cumprirão apenas as funções mínimas.
A Unafisco relembra que uma greve semelhante em 2024 causou prejuízos de R$ 3 bilhões em seis meses, demonstrando o potencial impacto econômico da paralisação.
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A Unafisco Nacional considera Haddad corresponsável pela greve, por alimentar a revolta dos auditores fiscais ao priorizar outras áreas e ignorar as demandas da Receita.
A associação destaca a importância estratégica do trabalho dos auditores fiscais e a necessidade de valorização da categoria.
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Em resumo: a greve dos auditores fiscais da Receita Federal é um conflito motivado pela disparidade salarial e pela percepção de negligência por parte do ministro da Fazenda. A adesão de importantes delegacias regionais e o histórico de prejuízos causados por greves anteriores indicam que essa paralisação pode ter um impacto significativo nas finanças públicas e na arrecadação de impostos.