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O acordo entre o grupo sul-americano e a União Europeia é um dos assuntos que será debatido pelas autoridades. No último dia 29, Lula se reuniu com o presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, os dois discutiram o tratado.

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O presidente Lula vai visitar nesta quinta-feira 5 o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica em seu sítio, na zona rural de Montevidéu. Lula estará no País vizinho para a cúpula do Mercosul, que acontece até sexta-feira 6.

Além do acordo com a União Europeia, as autoridades sul-americanas vão analisar tratados com os Emirados Árabes Unidos e com a Associação Europeia de Livre Comércio, de acordo com o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Carvalho Lyrio.

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Em relação ao acordo do Mercosul-União Europeia, o embaixador destacou que as negociações refletem compromissos políticos e promovem valores como democracia e sustentabilidade.

“Estamos vendo de maneira positiva o desenrolar das negociações. O próprio presidente Lula já fez referência à expectativa de que tenhamos a conclusão das negociações até o fim do ano”, garante Lyrio.

A presidência do Mercosul estava com o Uruguai, que propôs três eixos: fortalecimento da participação das mulheres na democracia, cooperação para acompanhar processos eleitorais na região e discussões sobre cibersegurança.

“Entre os avanços, destacam-se iniciativas como a restrição de produtos de tabaco aromatizados, protocolos para transplantes de órgãos e testes rápidos de HIV, além da regulação de marketing de substitutos do leite materno”, diz o governo uruguaio.

O secretário também lembrou da fala de Lula afirmando que isso tem um significado além do comercial. “Porque tem uma importância política também muito considerável, nesse momento de conflitos, antagonismos recorrentes, protecionismo e ameaças unilaterais.”

Negociado há mais de 20 anos, o tratado está em fase de finalização, e a expectativa do governo Lula é de uma assinatura ainda neste ano. Se concluído, o acordo formará uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, com quase 720 milhões de pessoas, 20% da economia global e 31% das exportações mundiais de bens.

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No entanto, o tratado esbarra em diversos obstáculos. O mais recente imbróglio se dá na área ambiental.

Durante o encontro, o Panamá será oficialmente integrado como Estado Associado, tornando-se o primeiro país da América Central a ingressar na aliança.

O país governado por Laurentino Cortizo Cohen, conhecido popularmente como Nito, vai assinar três acordos: Declaração Presidencial sobre Compromisso Democrático, Acordo de Complementação Econômica 76 (ACE-76) e o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático.

Após a assinatura, a nação caribenha vai estar habilitada ao mesmo portfólio de acordos bilaterais e regionais do bloco.

Na mesma cerimônia, a Bolívia participa, pela primeira vez, como membro pleno do bloco. A adesão do país comandado Luis Alberto Arce teve confirmação em agosto deste ano. Com a inclusão boliviana, o Mercosul abrange 73% do território da América do Sul e representa cerca de 65% da população da região.

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Segundo a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan, se o Mercosul fosse uma nação “seria o segundo maior país do mundo em território”. “São quase 300 milhões de habitantes, que é equivalente, mais ou menos, aos Estados Unidos. Só para dar uma dimensão desse ingresso da Bolívia. E 70% do PIB da região”, afirma.

Outras negociações de inclusão de países ao bloco estão em curso, como com El Salvador e República Dominicana. Isso evidencia a capilaridade da força sul-americana, em que as trocas comerciais intra-Mercosul aumentaram substancialmente. Em 2023, por exemplo, o Brasil exportou R$ 23,5 bilhões para as demais nações da região e importou R$ 17,7 bilhões.

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