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O mercado espera que a inflação acumulada em 12 meses do Brasil acelere em novembro para 4,84%, segundo a mediana das projeções. O valor está acima da margem de tolerância da meta estabelecida para o indicador (4,5%). A estimativa mais baixa para o índice foi do economista Helcio Takeda, da Pezco Economics. Ele calcula uma variação de 4,72% nos preços. Ainda está além do teto da meta.

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará o resultado oficial do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) na terça-feira 10. No dia seguinte, o Banco Central dirá qual o novo patamar da taxa básica de juros. Um assunto se relaciona ao outro. A função da autoridade monetária é colocar a inflação no centro da meta (3%), mas com espaço para entrar na “banda” de 1,5 ponto percentual.

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Se a inflação vier acima do objetivo estabelecido pelo governo ou acima do esperado, o Banco Central precisa elevar os juros na tentativa de frear o avanço dos preços. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os índices não crescem tão rápido. Esses efeitos, entretanto, são observados a longo prazo. O IPCA de novembro deve ser impactado pelos preços de energia. Espera-se que mudança da bandeira tarifária vermelha para amarela na conta de luz traga um alívio para o indicador.

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O Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mapeia as expectativas do mercado financeiro para uma série de indicadores econômicos. A edição de 2 dezembro mostra uma inflação de 4,71% ao final de 2024.

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O IPCA de novembro deve ser impactado para cima pelo segmento de alimentação e bebidas, como foi observado no IPCA-15. O índice é tido como uma prévia da inflação oficial. “Esperamos que o IPCA apresente variação de 0,28% em novembro, refletindo também os menores custos com energia elétrica devido à mudança na bandeira tarifária”, disse ao Poder360 André Valério, economista do banco Inter.

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A inflação anualizada de outubro foi de 4,76%. Ou seja, haveria uma aceleração na taxa de novembro caso as estimativas do mercado se confirmem. A mediana das projeções para o mês novembro indicam uma alta de 0,35% no IPCA. É menor que os 0,56% observados em outubro.

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