A Embraer (EMBR3) apresentou resultados mistos no terceiro trimestre de 2025, com forte crescimento de receita e geração de caixa, mas queda expressiva no lucro líquido. Para investidores, o balanço revela uma empresa em expansão operacional, mas com margens pressionadas e desafios de rentabilidade.
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Indicadores financeiros
- Receita líquida: R$ 10,9 bilhões (+15,8% vs. 3T24)
Impulsionada por maior volume de entregas na aviação comercial e crescimento no setor de defesa. - Lucro líquido ajustado: R$ 289,4 milhões (−76,4% vs. 3T24)
A queda reflete aumento de custos e menor margem operacional. - Ebitda ajustado: R$ 1,27 bilhão
Margem Ebitda caiu para 11,7%, ante 21,1% no mesmo período do ano anterior. - Fluxo de caixa livre ajustado: R$ 1,6 bilhão
Forte geração de caixa, sinal positivo para liquidez e capacidade de investimento. - Backlog (carteira de pedidos): US$ 31,3 bilhões
Recorde histórico, indicando demanda sólida e visibilidade futura de receita.
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Segmentos em destaque
- Aviação Comercial: Retomada das entregas e novos contratos com companhias aéreas reforçam a liderança da Embraer no segmento de jatos regionais.
- Defesa & Segurança: Crescimento relevante com exportações e contratos governamentais, especialmente do cargueiro KC-390.
- Serviços & Suporte: Receita estável, com foco em manutenção e pós-venda.
Proventos e retorno ao acionista
- Política de dividendos: Mantida em 25% do lucro líquido, conforme exigido por lei.
- Recompra de ações: Programa ativo, sinalizando confiança da gestão e valorização do papel.
Pontos de atenção para investidores
- Queda no lucro líquido: Apesar do crescimento de receita, a rentabilidade foi impactada por aumento de custos e menor eficiência operacional.
- Margens comprimidas: A redução nas margens Ebitda e Ebit exige atenção à gestão de despesas e produtividade.
- Alavancagem e exposição cambial: Monitorar os efeitos da variação do dólar sobre a dívida e contratos internacionais.
Visão estratégica
A Embraer segue bem posicionada em seus mercados principais, com uma carteira robusta e boas perspectivas de crescimento. Para investidores de longo prazo, o foco deve estar na recuperação das margens e na execução eficiente dos contratos em backlog. A geração de caixa sólida e o programa de recompra de ações reforçam o compromisso com retorno ao acionista, mesmo em um trimestre de rentabilidade pressionada.
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Comparativo: Embraer vs. Boeing, Airbus e Bombardier no 3º trimestre de 2025
A Embraer apresentou crescimento de receita e geração de caixa no 3T25, mas viu seu lucro líquido cair 76%. Em comparação com Boeing, Airbus e Bombardier, a fabricante brasileira mostra solidez operacional, embora enfrente desafios de rentabilidade e escala.
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Comparativo financeiro – 3T25
| Empresa | Receita (3T25) | Lucro Líquido (3T25) | Ebit/Ebitda Ajustado | Carteira de Pedidos | Destaques |
|---|---|---|---|---|---|
| Embraer | R$ 10,9 bilhões | R$ 289,4 milhões (−76%) | Ebit: R$ 927 mi / Ebitda: R$ 1,27 bi | US$ 31,3 bilhões | Forte geração de caixa, queda nas margens |
| Boeing | US$ 23,3 bilhões | Prejuízo de US$ 7,14/ação | Ebit impactado por despesa de US$ 4,9 bi | US$ 636 bilhões | Despesa com 777X afetou resultado |
| Airbus | € 17,83 bilhões | € 1,12 bilhão (+14%) | Ebit ajustado: € 1,94 bi (+38%) | Meta: 820 entregas em 2025 | Crescimento em defesa e aviação comercial |
| Bombardier | Não divulgado | Queda de 64% no lucro | Dados não detalhados | Dados não divulgados | Pressão sobre rentabilidade |
Análise estratégica
- Escala global: Boeing e Airbus operam em escala muito superior à Embraer, com receitas e carteiras de pedidos significativamente maiores.
- Rentabilidade: Airbus lidera em margem e crescimento de lucro. Embraer mantém geração de caixa sólida, mas enfrenta compressão de margens.
- Riscos operacionais: Boeing sofreu impacto bilionário com o programa 777X, enquanto Bombardier viu lucro despencar.
- Segmentos fortes:
- Embraer: jatos regionais e defesa (KC-390)
- Airbus: aviação comercial e helicópteros
- Boeing: aviação comercial e defesa
- Bombardier: jatos executivos
Para investidores isto não significa recomendação de compra ou venda são apenas informações analíticas
A Embraer se destaca pela execução operacional e geração de caixa, mesmo com margens pressionadas. Em comparação com Airbus e Boeing, oferece menor escala, mas pode ser uma opção interessante para exposição ao setor de defesa e aviação regional. A valorização dependerá da recuperação de rentabilidade e da execução dos contratos em backlog.





















