O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto, na última sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele estava jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e já tinha sobrevivido a um ataque anteriormente.
Gritzbach havia firmado um acordo de delação premiada com a Justiça. Em reação, a facção colocou um prêmio de R$ 3 milhões por sua cabeça.
Ele estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC na região do Tatuapé. Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas ao crime organizado.
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Ele era um jovem corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, além de seu segurança, Sem Sangue, que motivou uma sentença de morte contra ele, decretada pela facção.
O conteúdo da audiência de delação do empresário foi revelado pelo Fantástico, da TV Globo. Um vídeo mostra que Antônio Vinicius negou a autoria do crime e disse que tinha encontrado Anselmo um dia antes.
No depoimento, ele também disse que membros do PCC o sequestraram e o ameaçaram de morte.
– Nesse momento, ele levantou, pôs a arma na minha cabeça e falou: “Se você errar a senha, eu sei que você quer apagar o celular, vou te matar aqui mesmo”. E falou: “Você não vai pegar mais nesse celular, só vai se despedir de sua família”- relatou.
Ele também foi alvo de outra investigação sobre lavagem de dinheiro para o PCC.
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O empresário negou participação em mortes, mas admitiu que ajudava o PCC a lavar dinheiro com compra de imóveis.
– Eu admito que participei dessas transações, foi uma venda comercializada onde meu escritório fez análise jurídica, rodou os contratos e onde acabei fazendo no nome do meu tio e do meu primo – falou.
Nas reuniões com o Ministério Público, Gritzbach pedia proteção.
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– Eu sofro um atentado, onde estou tentando repelir os crimes e chegar a algum lugar.
Após sua primeiro reunião com o MP em dezembro, ele foi alvo de um atentado. O órgão público ofereceu apoio do Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Provita), do governo federal, mas Antônio recusou, sua família não confirmou a recusa . As informações são do G1 e da Agência Estado.