Patrocinado

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e divulgada nesta segunda-feira (1º), a alta na carga tributária é o fator de maior impacto na conta de luz das indústrias.

O impacto da carga tributária na conta de luz foi apontado por 78% dos executivos ouvidos na pesquisa. Entre os que citaram esse tópico, 60% dos entrevistados apontaram a alta na carga tributária como o principal fator de impacto e 18%, como o segundo motivo.

Ao todo, a pesquisa ouviu, por telefone, 1.002 executivos líderes de indústrias de pequeno, médio e grande portes. O levantamento foi realizado entre 30 de abril e 2 de maio de 2024.

MAIS: “O Brasil está acéfalo e o Congresso omisso. Lula incapaz de liderar o país, um horror”, afirma Joaquim Barbosa

“Presidente Biden da Silva, o Brasil não é a Faixa de Gaza! Sua perda de contato com a realidade só aumenta. Como disse o NYT sobre o outro Biden, seu tempo passou”, escreveu o senador na rede X.

MAIS: Brasil é o último colocado em Eficiência Governamental no ranking global de competitividade

Se você quer receber informações gratuitas de como proteger seu patrimônio e se preparar para uma possível mudança de país, inscreva-se em nossa newsletter sobre o tema e receba semanalmente de forma gratuita dicas sobre o tema

MAIS: Fitch alerta que Brasil não seguiu ‘cenário-base’ previsto em melhora do rating

Além da alta na carga tributária, foram apontados outros fatores relevantes de impacto nos preços da energia, como os períodos de seca (29%), o custo de transmissão de energia (27%), os subsídios pagos na conta de luz (17%) e o custo da geração de energia (16%).

Para 55% dos entrevistados, o excesso de subsídios no setor elétrico também afeta a competitividade da indústria brasileira de forma negativa. Outros 47% consideram que a concessão dos subsídios a alguns poucos setores econômicos são responsáveis pelo alto custo da energia elétrica no Brasil. 

A pesquisa revelou ainda que 53% das empresas notaram um aumento na conta de luz nos últimos 12 meses. Para 43%, o impacto do custo da energia elétrica sobre a indústria é alto ou muito alto.  

AINDA: Lula ataca Vale novamente próximo de decisão sobre CEO

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os impostos e os encargos representam um total de 44,1% do valor da conta de luz. 
“O custo da produção da energia no Brasil é barato, mas a nossa conta de luz é uma das mais caras do mundo. Reduzir o preço da energia é uma obsessão da indústria brasileira. Para isso, a diminuição dos encargos é um imperativo não apenas para contribuir com a competitividade do setor industrial, mas para garantir a sustentabilidade econômica do próprio setor elétrico nacional”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.

VEJA: Escândalo do leilão de arroz, ex-diretor da Conab afirma que “fez o que o ministro de Lula pediu”

O levantamento da CNI revelou que a energia elétrica é a fonte energética mais utilizada por 80% das indústrias para o processo industrial. Na sequência, aparecem energia solar (10%), gás natural (2%), óleo diesel (2%) e lenha (1%).

Os dados mostram ainda que 96% das indústrias usam energia elétrica no processo produtivo; 20% usam energia solar; 14%, gás natural; 14%, óleo diesel; 8%, lenha; e 4%, óleo combustível.

AINDA: Após denúncia de perda financeira milionária Petrobras encerra contrato com Unigel

Além de sofrer com o impacto da alta da carga tributária na conta de luz, 70% dos entrevistados relataram ter sofrido com quedas de luz nos últimos 12 meses. 51% tiveram mais de 5 falhas de fornecimento ao longo de 1 ano; e 21% registraram problemas mais de 10 vezes neste período.

Questionados sobre a qualidade do fornecimento de luz, 11% responderam como excelente; 43% como boa; 28% como regular; 9% como ruim; e 9%, péssima.

Haddad divulgou inverdade ao afirmar que “ninguém está aumentando carga tributária”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou na quinta- feira 27, que as medidas de arrecadação tenham ampliado a carga tributária no país. O titular da equipe econômica afirmou que o que foi feito foi a correção de desequilíbrios e de renúncias fiscais.

“Outro equívoco interpretativo que vem sendo feito ao longo dos últimos meses: ninguém está aumentando a carga tributária. Não se criou um imposto, não se aumentou uma alíquota. O que se fez foi corrigir desequilíbrios fiscais, renúncias fiscais apontadas recentemente no último relatório do [TCU] Tribunal de Contas da União”, disse durante a 3ª reunião do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável), o Conselhão.

É importante lembrar que impostos como o próprio nome diz são “imposições”, portanto, o que é chamado de renúncia na verdade se trata de impostos que eram cobrados e deixaram de ser cobrados reduzindo um pouco a carga tributária brasileira que é uma das maiores do mundo.

LEIA: ‘Graves irregularidades’ aponta o TCU sobre contratação da Secom para criar monitoramento de redes sociais

VEJA O VÍDEO:

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada