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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi vaiado durante um ato oficial na viagem que faz ao Chile nesta segunda (5). O protesto ocorreu no momento em que depositava uma oferenda floral no monumento em homenagem ao general Bernardo O’Higgins, em Santiago.

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A vaia ocorreu no momento em que Lula foi citado pelo mestre de cerimônias para se dirigir ao monumento. Com ele estavam os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Nísia Trindade (Saúde), Carlos Fávaro (Agricultura), entre outros, e Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais.

De acordo com as imagens transmitidas pelo canal do governo no Youtube (veja o trecho), os ministros procuraram os manifestantes, e Lula não reagiu ao protesto.

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Lula está no Chile nesta segunda (5) e terça (6) para tratar de assuntos de interesse dos dois países, como comércio e questões políticas do continente. Embora não esteja oficialmente na agenda, a expectativa é de que ele e o presidente chileno, Gabriel Boric, discutam a crise na Venezuela.

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Boric já se posicionou claramente contra a reeleição de Nicolás Maduro, enquanto Lula continua dando tempo, que já ultrapassou uma semana, para o amigo ditador apresentar as atas eleitorais,

Boric defendeu que a declaração final adotasse uma postura mais crítica à Rússia. Lula, no entanto, foi contra e alegou que aquele não era o momento ideal.

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“Eu não tenho por que concordar com o Boric, é uma visão dele. Eu acho que a reunião foi extraordinária, Possivelmente, a falta de costume de participar dessas reuniões faz com que um jovem seja mais sequioso, mais apressado, mas as coisas acontecem assim”, disse Lula na época.

Gabriel Boric respondeu e disse que “não me sinto ofendido [com a declaração de Lula], me sinto tranquilo. Hoje podemos ter nuances a respeito disso, mas a posição do Chile é de princípios e nisso acho que temos que ser categóricos, não podemos deixar margem para dúvidas”

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A reunião de Lula e Gabriel Boric ocorre, ainda, um ano depois dos dois presidentes terem tido uma rusga em declarações sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia, que o presidente brasileiro relativizou e chegou igualar a responsabilidade de país invadido ao invasor – e criou uma crise com o ucraniano Volodymyr Zelensky.

“Hoje é a Ucrânia, e amanhã pode ser qualquer um de nós”, disse Boric na época durante a cúpula entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

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