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Diferente de outros processos de venda de empresas públicas, a operação foi dividida em duas etapas, sendo a primeira para definir o investidor referência. A Equatorial pagou por ação R$ 67, correspondente a R$ 6,8 bilhões.

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De acordo com a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natalia Resende, o preço ofertado pela Equatorial (EQTL3) ficou dentro do preço mínimo estabelecido durante o processo de definição dos termos da oferta de ações.

Hoje, a empresa já opera por economia mista: o governo de São Paulo tem cerca de 50% das ações. Com a oferta, o estado ficará com cerca de 18% e o investidor estratégico 15%. O restante será dividido entre minoritários. Além disso, o estado também terá um golden share, ou seja, o direito de vetar decisões.

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A venda da Sabesp (SBSP3) é para o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, uma das suas principais promessas de campanha.

O principal objetivo com a privatização é melhorar a eficiência e a capacidade de investimentos da empresa. Segundo o governo de São Paulo, com a venda, a Sabesp teria caixa para antecipar metas de universalização previstas no marco do saneamento.

O estado de São Paulo defende ainda que a não realização da desestatização traz possibilidade real de perda de relevância para a companhia. Seguindo a trajetória de resultados das licitações no setor desde 2019, a Sabesp perderá 50% dos contratos nos próximos 15 anos (2038).

Investimentos da empresa
Aprovado em dezembro do ano passado, o plano de investimentos prevê R$ 47,4 bilhões entre 2024 e 2028, que contempla o projeto de recuperação do rio Tietê, chamado de Integra Tietê. Porém, a cifra não inclui os efeitos do processo de privatização da companhia, que também prevê ampliação da área de concessão.

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Até 2060, são previstos R$ 260 milhões em investimentos, sendo R$ 68 milhões para a universalização do estado de São Paulo até 2029. Já os índices de qualidade medirão as perdas de água na rede, a qualidade da água distribuída, vazamentos, reclamações de usuários.

Como ficarão as tarifas da Sabesp?

No caso do reajuste, será realizado um modelo ‘pós-pago’, ou seja, primeiro a Sabesp realiza os investimentos e, então, serão considerados no cálculo da tarifa. Hoje o modelo ‘pré-pago’, ou seja, primeiro são considerados no cálculo da tarifa, e só depois são realizados os ajustes.

A expectativa do governo, inclusive, é que haja redução de até 10% nas tarifas social e vulnerável para famílias inscritas no Cadastro Único (CADÚnico) e para que tem renda familiar per capita entre R$ 218 e R$ 706 (meio salário mínimo).

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Sabesp distribuirá dividendos

A Sabesp aprovou uma nova política de distribuição de dividendos, que passará a vigorar a partir da liquidação da oferta pública de distribuição de ações que marcará a privatização da empresa paulista de saneamento.

Conforme o documento, o pagamento de proventos para as ações ordinárias poderá ser maior do que os 25% do lucro líquido ajustado previstos atualmente.

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