Os investidores estrangeiros retiraram R$ 28,6 bilhões da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) de janeiro a setembro de 2024. Em setembro, foram retirados R$ 2,0 bilhões –representa o 7º mês de saldo negativo em capital internacional.
A saída de recursos estrangeiros é a mais intensa desde 2020, o 1º ano da pandemia. A participação dos agentes internacionais tem sido diferente neste ano em relação a 2023. De janeiro a setembro do ano passado, o B3 teve entrada líquida de R$ 9,2 bilhões em capital externo.
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Os dados de setembro consideram o fluxo de valores até quarta-feira 18, o último dado disponível. No dia, o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) anunciou o corte de 0,5 ponto percentual nos juros.
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O intervalo das taxas caiu para 4,75% a 5,00% ao ano. A decisão de política monetária contribui para aumentar o apetite dos investidores globais a ativos de risco, o que beneficia mercados emergentes, como o Brasil. Na 4ª feira (18.set), os estrangeiros retiraram, porém, R$ 656 milhões da B3.
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CORTE DOS JUROS Os juros altos nos Estados Unidos incentivam investimentos nos treasuries, os títulos públicos norte-americanos. A rentabilidade elevada aliada à segurança da aplicação aumenta a atratividade e possibilita a fuga de dinheiro nos países que têm ativos mais inseguros.
Em 2023, analistas do mercado financeiro esperavam um corte dos juros norte-americanos no 1º trimestre de 2024. As projeções não se concretizaram, o que provocou volatilidade nos ativos financeiros. Em junho, a saída de capital estrangeiro superou R$ 40 bilhões.
A atividade econômica dos EUA dava sinais de força, o que preocupava a autoridade monetária do país em relação ao impacto da demanda na inflação. Os principais números foram do mercado de trabalho, que estava mais aquecido que o esperado pelos analistas.
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As pessoas físicas do Brasil colocaram R$ 21,4 bilhões em recursos na B3 de janeiro a setembro. Já as instituições financeiras aportaram R$ 11,1 bilhões. O saldo de recursos institucionais está negativo em R$ 22,3 bilhões.