Ditadura da Venezuela se desespera com decisão americana, e classificou como “irracional” e “ameaça grotesca” o bloqueio naval anunciado por Donald Trump contra petroleiros que entram e saem do país, prometendo denunciar o caso à ONU como violação da soberania nacional
O governo venezuelano criticou através de sua estatal ao anúncio do presidente Donald Trump, que declarou um bloqueio militar contra petroleiros sancionados que operam no país. Em comunicado oficial, Caracas chamou a medida de “irracional” e de “ameaça grotesca”, acusando Washington de tentar se apropriar das riquezas nacionais.
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo faça parte da lista Vip Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News. Nosso canal no Whatsapp
MAIS: Diretores do Banco Central indicados por Lula mantem taxa de juro próxima a máxima histórica em 2025
Segundo a vice-presidente Delcy Rodríguez, a decisão viola o Direito Internacional, o livre comércio e a livre navegação. A carta enviada pelo embaixador venezuelano à ONU afirma que o bloqueio representa uma grave violação da soberania nacional e será denunciado formalmente na organização.
LEIA: Inquérito das fake news: STF acumula funções e ameaça democracia, diz Estadão
“O presidente dos Estados Unidos pretende impor, de maneira absolutamente irracional, um suposto bloqueio naval militar à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa pátria”, destacou o comunicado oficial.
O anúncio de Trump foi feito em seu perfil na Truth Social, onde voltou a classificar o governo do ditador Nicolás Maduro como “ilegítimo” e afirmou que o regime será tratado como uma organização terrorista estrangeira. “Os EUA não vão permitir que um regime hostil leve nosso petróleo, terras ou quaisquer outros bens”, escreveu.
A medida intensifica a pressão sobre Caracas em um momento de crescente tensão internacional. A Venezuela possui cerca de 17% das reservas conhecidas de petróleo do mundo, mais de 300 bilhões de barris — quase quatro vezes o volume dos Estados Unidos. A presença da China na indústria petrolífera venezuelana também é vista como fator estratégico no embate geopolítico.
AINDA: Entrevista “descancelada” de Flávio Bolsonaro no SBT expõe problemas do Brasil
Analistas apontam que o bloqueio pode elevar a instabilidade nos mercados de energia e aumentar os riscos de confronto diplomático. Para o estrategista David Wilson, do BNP Paribas, “as tensões parecem estar aumentando gradualmente”, o que reforça a percepção de que o petróleo segue como peça central na disputa entre Washington e Caracas.



















