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Nesta quinta-feira (16), o coronel do Exército, Marcelo Câmara, deixou a prisão em liberdade condicional após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Câmara, que é ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso no dia 8 de fevereiro no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga suposta tentativa de golpe de Estado.

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Marcelo Câmara também é citado nos inquéritos que apuram a suposta venda de presentes oficiais da gestão passada e a suposta fraude nos cartões de vacina da família do ex-presidente.

No dia 15 de fevereiro, a defesa de Câmara pediu a revogação da prisão e o afastamento do ministro Alexandre de Moraes. Os pedidos não foram atendidos.
Além de Câmara, foram presos o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins, e o coronel do Exército, Bernardo Romão Corrêa Netto, ambos acusados de participação na suposta tentativa de golpe.

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O coronel Bernardo Romão foi solto no dia 8 de março mediante cumprimento de medidas cautelares.

No dia 8 de fevereiro também foi preso o ex-assessor de assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe G. Martins, que ainda continua preso mesmo tendo apresentado provas que refutam todas as acusações contra ele. Martins já é considerado preso político, como Câmara também é.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, supostamente mencionou em sua delação que Martins havia levado a minuta de um decreto que supostamente permitiria que Bolsonaro instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a derrota para Lula na eleição.

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A PF supostamente teria encontrado uma cópia dessa minuta em suas buscas na residência de Anderson Torres, que era o secretário de Segurança do Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, e que havia sido ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.

O papel tinha, ao final, espaço para assinatura de Bolsonaro, porém, sem assinatura. Por esse motivo, segundo juristas, a chamada “minuta golpista” deveria ter sido tratada como um papel sem valor para as investigações, já que mesmo que fosse assinado, ainda precisaria passar pela aprovação do Congresso. 

Martins permanece preso. O entorno do ex-assessor tem revelado relatos de Martins sobre “pressão” por delação. Conduto, seu advogado já informou que “não há o que delatar, e a manutenção da prisão de Martins é tortura de Moraes”.

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