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Ex-presidente do Peru é preso nos EUA devido ao escândalo Odebrecht. O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, acusado em seu país de corrupção e lavagem de dinheiro, se entregou na manhã desta sexta-feira (21) às autoridades americanas para iniciar seu processo de extradição ao Peru, informaram as autoridades na Califórnia.

Toledo, de 77 anos, se apresentou às 9h15 locais (13h15 em Brasília) em um tribunal federal de San José e ficou à disposição do Serviço de Delegados dos Estados Unidos (US Marshals).

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Em Lima, a procuradora do caso, Silvana Carrión, estimou que, “em dois ou três dias”, o ex-presidente será enviado ao Peru em um voo comercial.

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O político, que governou o Peru de 2001 a 2006, deixou sua residência em Menlo Park acompanhado de sua advogada e sua esposa, Eliane Karp.

Uma ampla comitiva de meios de comunicação o aguardava desde cedo na entrada do edifício federal Robert F. Peckham, onde ele deveria se entregar. O ex-presidente, no entanto, conseguiu despistar os jornalistas e entrou discretamente por outro lugar.

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A informação de sua entrega efetiva foi confirmada à AFP pelo Serviço de Delegados dos Estados Unidos.

Espera-se que o processo de extradição seja executado em menos de uma semana, explicaram fontes do sistema judicial à AFP.

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O ex-presidente permanecerá “em uma carceragem adequada” até que seja entregue às autoridades peruanas, detalhou, em uma decisão esta semana, o juiz Thomas Hixson, do distrito norte da Califórnia, que ordenou ao político que se entregasse sem mais delongas nesta sexta-feira.

Toledo é acusado em Lima no âmbito do caso Odebrecht, mas sempre negou as acusações e apresentou várias petições para impedir a extradição que o Peru tentava desde 2018 e que os Estados Unidos autorizaram em fevereiro.

Além disso, todos os recursos que ele apresentou para adiar a extradição foram negados.

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Na quarta-feira, ele pediu que sua entrega fosse adiada por quatro dias alegando compromissos médicos, algo que o juiz Hixson rechaçou. Ontem, ele apresentou uma moção de emergência a um tribunal de Washington para que reconsiderasse o seu caso.

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Toledo argumentou em todos os pedidos que é inocente e que sua integridade física poderia estar em risco no Peru. Entretanto, os diferentes tribunais aos quais ele recorreu não encontraram razões substanciais para impedir o processo de extradição.

“Estamos prontos para transferir o doutor Toledo ao Peru para acatar a determinação do tribunal”, disse esta semana Kyle Waldinger, representante do procurador-geral dos EUA.

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