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Fabricante de alimentos M.Dias Branco reporta resultado abaixo do esperado

Consumo de biscoitos aumenta na quarentena e M. Dias Branco sobe 140%
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A fabricante de massas e biscoitos M. Dias Branco (MDIA3) divulgou resultados abaixo do esperado no 1T25, conforme apontam analistas de mercado, o que leva a uma nova forte queda dos ativos. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 179 milhões, cerca de 30% inferior as projeções do banco. Às 10h15 (horário de Brasília), a ação da companhia caía 11,02%, cotada a R$ 22,70.

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O time de análise do Itaú BBA vê o trimestre como um obstáculo adicional na trajetória da M. Dias rumo à recuperação da lucratividade, já que as estratégias de precificação não compensaram a alta dos preços das commodities como esperado.

Por outro lado, o BBA parabeniza o foco da empresa em fatores controláveis, mas a maior volatilidade dos resultados pode pesar na percepção dos investidores antes que eles se tornem mais otimistas em relação à tese.

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Em termos de volume, os números também ficaram abaixo das expectativas do BBA, enquanto a dinâmica de preços por segmento permanece incerta.

O Itaú BBA manteve classificação market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 23.

O Bradesco BBI, por sua vez, aponta o crescimento do volume como a principal alavanca para a criação de valor na M. Dias, dada a alavancagem operacional que deve vir com ele.

Embora a administração tenha apontado a recuperação da participação de mercado como prioridade máxima, “os resultados do 1T25 não forneceram evidências claras de que isso esteja se materializando”, comenta BBI. “Na verdade, o trimestre estabelece uma base mais baixa para 2025 e deixa as mesmas perguntas que tínhamos no final do ano passado sem resposta”, completa o banco.

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Como resultado, o BBI reduziu suas estimativas de Ebitda e lucro líquido para 2025 em 11% e 13%, respectivamente. O preço-alvo para o final de 2025 passou de R$ 26 para R$ 25, enquanto o banco continua considerando uma recuperação da margem EBITDA de longo prazo para 15,2%.

No curto prazo, a visibilidade limitada sobre o momento e a sustentabilidade de uma recuperação, juntamente com um Preço/Lucro de 13,8 vezes em 2025, deve continuar limitando o potencial de valorização. Com isso, o BBI manteve recomendação neutra.

Para o JPMorgan, os resultados da M. Dias Branco no primeiro trimestre refletem um período desafiador, com desempenho abaixo do esperado. A receita líquida cresceu apenas 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, um resultado fraco especialmente diante de uma base de comparação frágil no 1T24.

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Segundo JPMorgan, a queda sequencial nos preços médios e o crescimento da receita abaixo da inflação continuam sendo pontos de preocupação.

No geral, o banco americano espera uma reação negativa do mercado, com o sentimento dos investidores impactado pela forte compressão de margens e pelo desempenho fraco nos principais indicadores.

De positivo, o JPMorgan destaca a geração de caixa operacional de R$ 280 milhões, o dobro do registrado no 1T24. “Esse resultado reflete ganhos no capital de giro — tema que pretendemos explorar com mais profundidade na teleconferência — além da redução nos juros pagos.”

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O JPMorgan também reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 26.

Na mesma linha que os outros bancos, o BTG Pactual classificou os números reportados como fracos. “A trajetória da companhia tem sido difícil, e ainda não vemos resultados materiais do processo de reestruturação iniciado no 3T24”, comenta o banco.

O BTG disse que os resultados do 1T25 confirmam parcialmente sua visão de que a M. Dias enfrentaria um cenário desafiador de margens no primeiro semestre deste ano. Embora os custos de insumos sigam pressionando os resultados, a empresa ainda encontra dificuldades para demonstrar crescimento relevante de volume, e os impactos das recentes mudanças internas e comerciais ainda não se materializaram.

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O BTG acredita que o segundo semestre será determinante para que a M. Dias apresente avanços mais tangíveis em sua estratégia de reestruturação. Diante do cenário desafiador, da baixa visibilidade de execução, do elevado custo de capital e de um valuation esticado (17 vezes P/L 2025), o banco reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25.

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