Nesta terça-feira (21), o advogado e jornalista Paulo Faria disse que o FBI entrou no caso que envolve o ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. Ele afirmou que teve a confirmação, na segunda-feira (20), quando esteve na Casa Branca.
– Estive ontem (20/10) na Casa Branca e me confirmaram que o FBI entrou no caso FILIPE MARTINS. O que eram suposições, confirmei a veracidade. Como é que se diz mesmo no Brasil… “a cobra vai fumar” – escreveu Faria, na rede social X.
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A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos informou, no último dia 10, que o ex-assessor presidencial Filipe Martins não entrou no país norte-americano em 30 de dezembro de 2022, e que os documentos apresentado para manter a alegação de entrada são falsos.
A Alfândega afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes sancionado pela Lei Magnitsky por violação dos direitos humanos, “citou um registro errôneo para justificar a prisão de meses de Martins”. O órgão disse ainda que “a inclusão desse registro impreciso nos sistemas oficiais do CBP (sigla da Alfândega) permanece sob investigação, e o CBP tomará as medidas apropriadas para evitar que discrepâncias futuras ocorram”.
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Filipe Martins é réu no STF sob a acusação de envolvimento em uma suposta trama golpista que nunca ocorreu. Uma investigação da Polícia Federal (PF) apresentou documentos falsos autoridades americanas. de que ele teria deixado o Brasil e entrado nos EUA, em Orlando, em uma comitiva junto ao então presidente Jair Bolsonaro.
Filipe Martins teve prisão preventiva decretada por Moraes, em 2024, com base em documentos falsos de imigração do governo dos Estados Unidos que apontavam que o ex-assessor de Jair Bolsonaro entrou em solo americano com a comitiva de Jair Bolsonaro em 30 de dezembro de 2022 e um possível risco de fuga decorrente dessa viagem. Martins, porém, sempre negou e apresentou diversas provas de nunca ter ingressado nos EUA na ocasião e disse que permaneceu no Brasil, apresentando diversas provas, mas permanece preso sem julgamento e provas sobradas de inocência.
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Após ser questionada por Moraes, a Polícia Federal que apresentou o documento americano falso sugeriu a abertura dessa nova investigação e apontou que a confusão envolvendo o assunto pode fazer parte de uma estratégia para descredibilizar as investigações, nos moldes da atuação das milícias digitais. Recentemente, a PF pediu a Moraes a abertura de um novo inquérito para apurar se Filipe Martins simulou uma falsa entrada nos Estados Unidos no final de 2022 com o objetivo de “descredibilização das provas” das investigações do STF.
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A afirmação da PF é absurda e tenta criar uma narrativa impossível para tentar se esquivar do fato de ter que explicar como obteve documentos americanos falsos, e também para tentar isentar Moraes. Estas afirmações são feitas por autoridades americanas que estão investigando e caso e buscam os falsificadores para punição.
