Durante a entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse a política monetária está bem posicionada, com expectativas de inflação ancoradas, e que não há “pressa” para ajustar juros.
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“O Comitê está no ‘modo de espera’ para ver quais políticas [propostas por Trump] serão promulgadas. Não sabemos o que vai acontecer com tarifas, com imigração, com política fiscal e com política regulatória”, disse Powell.
Entre as principais ações, Nvidia (Nasdaq:NVDA) caiu mais de 5% após rumores de que o governo Trump quer adicionar novas restrições à venda de chips da empresa fabricante de semicondutores para a China. Segundo informações da Bloomberg, as conversas ainda estão em estágio inicial e com foco na expansão das restrições de chips H20.
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Na última segunda-feira (27), o setor de tecnologia tombou em Wall Street com a entrada da China na corrida da inteligência artificial (IA), com o lançamento de um robô conversador (chatbot) da startup DeepSeek.
A ameaça de novas tarifas também movimentaram o mercado. O indicado a secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, afirmou que os planos da Casa Branca são de apresentar tarifas regulares a produtos importados a partir de abril — o que reforçou a leitura de que haverá mais tarifas além das anunciadas para o México, Canadá e China.
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Copom eleva juros no Brasil em 1% conforme previsão do mercado
Após elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) pela segunda vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou o guidance da reunião passada que indicava mais uma alta similar na taxa na reunião de março. No entanto, os diretores ‘deixaram a porta aberta’ quanto a novos ajustes a partir de maio.
Nesta quarta-feira (29), o Comitê optou unanimemente por aumentar a taxa de juros para 13,25% ao ano. Com a indicação futura, os juros devem subir para o patamar de 14,25%, após o encontro de março. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, antevê um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião, se confirmando o cenário esperado”.
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Para além da próxima reunião, os diretores não deram novas orientações. Segundo eles, “a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.
No cenário doméstico, o Comitê reforçou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo. Já a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.
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Lá fora, o ambiente permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Federal Reserve.
“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes”.