A Fertilizantes Heringer (FHER3) informou nesta sexta-feira que decidiu hibernar duas de suas plantas, dado seu baixo desempenho financeiro e a baixa perspectiva de viabilidade econômica das unidades em meio ao contexto atual de mercado.
Serão hibernadas de forma gradual, com a redução progressiva de suas operações ao longo dos próximos meses, as plantas de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e de RdC, em Sergipe, segundo fato relevante da companhia.
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A decisão foi tomada “considerando a baixa performance financeira histórica e baixa perspectiva de viabilidade econômica ‘standalone’ das plantas em questão no atual contexto de mercado, reduzindo assim a necessidade intensiva de capex e demais custos operacionais das referidas unidades”, disse a empresa de fertilizantes no comunicado.
A Heringer afirmou que os volumes operados por essas unidades passarão a ser atendidos por outras fábricas da companhia.
Também disse que vai avaliar a destinação das plantas de Dourados e de RdC, buscando alternativas de maximização de retorno à companhia, “incluindo a possibilidade de reativação futura havendo mudanças nas condições de mercado ou através de venda do ativo por meio de processo competitivo”.
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Operação com fertilizantes da prejuízo
A Fertilizantes Heringer fechou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 342,97 milhões, aumentando as perdas em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo ficou negativo em R$ 135,33 milhões.
A receita líquida da empresa teve queda de 16% na mesma base de comparação, atingindo R$ 745 milhões, devido à estabilidade nos preços das matérias-primas de fertilizantes no mercado internacional, conforme disse a Heringer em comunicado de resultados.
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O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 54,96 milhões no segundo trimestre, em comparação com os R$ 137,45 milhões negativos um ano antes.
Sobre seu desempenho de vendas, a Heringer registrou queda de 1,7% no volume de entregas, que totalizaram 355 mil toneladas. No comunicado, a empresa disse que o recuo foi pautado pela “menor agressividade comercial” dos produtores que visam uma maior rentabilidade neste momento.
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