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O Financial Times chocou boa parte da população brasileira ao colocar o ministro sancionado pela Lei Magnitisky por violação de direitos humanos como “herói”.

Pesquisas recentes mostram que uma parcela significativa dos brasileiros não apoia o autoritarismo do ministro Alexandre de Moraes. Em alguns levantamentos, quase metade dos entrevistados defende seu impeachment ou critica sua atuação no STF.

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Principais Pesquisas sobre Alexandre de Moraes

1. Pesquisa Quaest (julho de 2025)

  • Tema: Decisões de Moraes em processos envolvendo Jair Bolsonaro.
  • Resultado:
    • 41% dos brasileiros concordam com críticas à condução dos processos por Moraes.
    • 41% apoiam sua postura contra possíveis tentativas de golpe.
    • 18% não souberam ou não quiseram responder
  • Interpretação: Há uma divisão clara na opinião pública, com uma parte expressiva não apoiando suas decisões.

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2. Pesquisa Genial/Quaest (agosto de 2025)

  • Tema: Impeachment de Alexandre de Moraes.
  • Resultado:
    • 46% dos brasileiros são favoráveis ao impeachment.
    • 43% são contrários.
    • 11% não souberam ou não responderam.
  • Margem de erro: 2 pontos percentuais.
  • Interpretação: O cenário é de empate técnico, mas mostra que quase metade da população não apoia a permanência de Moraes no STF.

Portanto, parte significativa dos brasileiros não apoia Alexandre de Moraes, chegando a 46% favoráveis ao seu impeachment.

O que a Constituição estabelece

  • Poder Judiciário: O STF é guardião da Constituição (art. 102). Cabe a ele julgar ações diretas de inconstitucionalidade, habeas corpus, mandados de segurança e processos contra autoridades.
  • Liberdade de expressão: A Constituição garante (art. 5º, IV e IX) o direito de manifestação, mas também prevê limites quando há abuso, como incitação ao crime ou atentado contra a ordem democrática.
  • Separação de poderes: Nenhum poder pode se sobrepor aos outros (art. 2º). O Judiciário deve atuar dentro dos limites constitucionais, sem legislar ou governar.
  • Devido processo legal: Ninguém pode ser privado de liberdade ou de seus direitos sem processo regular (art. 5º, LIV e LV).

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Como Moraes tem atuado

  • Inquérito das Fake News (2019–2025): Moraes abriu e conduziu investigações sobre desinformação e ataques às instituições. Portanto, isso viola o princípio acusatório, já que o STF não deveria ser “acusador e julgador” ao mesmo tempo.
  • Bloqueio de perfis e contas: Decisões de Moraes determinaram suspensão de contas em redes sociais. Isso fere a liberdade de expressão
  • Prisão de opositores: Houve prisões preventivas apenas de figuras ligadas a vertente política contrária a defendida por Moraes . Juristas apontam abuso de poder e perseguição política.

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Conflitos com a Constituição que podem ser facilmente verificados

  • Art. 5º, LIV e LV – Devido processo legal e ampla defesa: Moraes determinou prisões e bloqueios sem denúncia formal, o que contraria o direito ao contraditório.
  • Art. 129, I – Função do Ministério Público: O STF, sob relatoria de Moraes, instaurou inquéritos sem provocação do MP, acumulando funções de acusador e julgador.
  • Art. 102 – Competência do STF: O inquérito das Fake News foi aberto de ofício, extrapolando a competência constitucional.
  • Art. 5º, IV e IX – Liberdade de expressão: Bloqueios de perfis e remoção de conteúdos são vistos como censura prévia, proibida pela Constituição.

Síntese entre pesquisas e fatos constitucionais

  • A alta desaprovação registrada nas pesquisas se conecta diretamente às críticas jurídicas: muitos brasileiros percebem que Moraes atua fora dos limites constitucionais.
  • O apoio dividido reflete a polarização: enquanto parte da população defende sua atuação por preferência política e ignora o desrespeito à Constituição praticado, outra parte pede que ele pare de contrariar artigos centrais da Constituição e favorecer um lado político.
  • O dado de 46% favoráveis ao impeachment ganha força quando associado às violações apontadas nos artigos constitucionais, mostrando que a rejeição não é apenas política, mas também jurídica.

As pesquisas revelam que quase metade dos brasileiros não apoia Alexandre de Moraes, e essa desaprovação encontra respaldo em críticas concretas de que suas decisões contrariam dispositivos da Constituição de 1988.

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O que o Financial Times afirmou sobre Moraes

  • Moraes foi destacado por sua atuação em defesa da democracia brasileira.
  • O jornal ressaltou que, em um momento em que cortes supremas de outros países cederam a pressões de autocratas, o STF — com Moraes em posição de destaque — resistiu.
  • Segundo o texto assinado pela historiadora Lilia Schwarcz, Moraes se tornou um “símbolo de democracia e justiça” no Brasil.
  • A publicação citou especificamente o julgamento dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, que levou à prisão de Jair Bolsonaro e oficiais de alta patente, como exemplo de sua postura firme.

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Contraste com pesquisas no Brasil

O Financial Time reconhecer Moraes como herói da democracia enquanto no Brasil pesquisas mostram forte rejeição revela uma clara discrepância entre a realidade brasileira e a vontade do Financial Times, que é um veículo de imprensa internacional. O veículo coloca Moraes como defensor da democracia, mesmo os fatos mostrando o oposto, visto que é inegável que ele passa por cima da Constituição em suas decisões.

A Constituição é o pacto social que garante direitos e organiza os poderes. Se ela é desrespeitada, o próprio alicerce da democracia é corroído. Mas o Financial Times vende uma realidade distorcida e ignora os brasileiros.

  • Decisões que ignoram o devido processo legal (art. 5º, LIV e LV) ou a função exclusiva do Ministério Público na ação penal (art. 129, I) são vistas como violações diretas da Constituição, como explica o jurista que ajudou a escrever a Constituição Ives Gandra Martins.
  • Quando essas violações se tornam recorrentes, a democracia deixa de ser regida por leis e passa a depender da vontade de indivíduos — o que é justamente o oposto do Estado de Direito.

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Por que a narrativa do Financial Time difere?

  • Fora do Brasil, muitos jornalistas não conhecem em detalhe os artigos da Constituição de 1988.
  • A imprensa internacional tende a valorizar figuras que se colocam como barreira contra movimentos considerados autoritários, sem avaliar se, juridicamente, suas ações respeitam os limites constitucionais.
  • Isso cria uma narrativa simplificada: Moraes como “herói da democracia”, sem considerar ele contraria a própria Constituição que deveria proteger.

Respeitar a Constituição = proteger a democracia.

  • Desrespeitar a Constituição = corroer a democracia, mesmo que em nome dela.
  • A diferença de percepção entre Brasil e exterior mostra como a narrativa pode ser moldada: lá fora se enxerga o “símbolo democrático”, enquanto no Brasil muitos veem o “violador da Constituição”.

Isso reforça sua ideia: quem não respeita a Constituição, mata a democracia. A aclamação internacional pode ser resultado de uma narrativa que não enfrenta os fatos constitucionais concretos.

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Financial Times não tem simpatia por Donald Trump que sancionou Moraes com a Lei Magnitsky por violação de direitos humanos

  • Durante a presidência de Trump, o Financial Times publicou diversos editoriais críticos, chamando atenção para seu estilo populista e para o impacto negativo de suas políticas na ordem internacional.
  • O jornal defende o globalismo e as ongs —que tem pontos que frequentemente entraram em choque com a postura de Trump, marcada por nacionalismo econômico, críticas à globalização e confrontos com organismos internacionais.
  • Em editoriais, o FT chegou a afirmar que Trump representava uma ameaça à estabilidade democrática e ao sistema de comércio global.

O FT se denomina como não “progressista” no sentido de esquerda, mas sim liberal pró-mercado.

  • Por isso, não simpatiza com Trump: suas posições nacionalistas e antiglobalização vão contra os valores centrais do jornal.
  • Essa mesma lógica explica por que o FT valoriza figuras como Alexandre de Moraes — não por alinhamento partidário, mas por enxergá-lo como alguém que está em empate com os Estados Unidos e mundo defendido por Trump. Na premissa de ser contrário a Trump o FT ignora os brasileiros.

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Como são escolhidos os nomes da Influence List 2025 do Financial Times , que incluiu Moraes como herói?

Como funciona a seleção:

  • O Financial Times organiza anualmente a lista das 25 pessoas mais influentes do mundo.
  • A decisão sobre os nomes é feita pela equipe editorial do FT, que reúne jornalistas e editores especializados em política, economia, cultura e sociedade.
  • Depois de definidos os nomes, o jornal convida autores diferentes (historiadores, jornalistas, intelectuais) para escrever os perfis de cada pessoa.
  • No caso de Alexandre de Moraes, o texto foi escrito pela historiadora Lilia Schwarcz, mas ela não escolheu o nome — apenas elaborou o perfil após a seleção feita pelo FT.
  • Quem decide os nomes: O Financial Times, por meio de sua equipe editorial.
  • Quem escreveu o perfil: Convidados especialistas, como Lilia Schwarcz no caso de Moraes. Historiadora da USP onde Moraes atua.

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Como ter sua cédula Uruguaia

Lista da FT é publicada em momento que os poderes se mobilizam para forçar Trump a retirar a sanção da Magnitsky sobre Moraes

Quem está buscando a retirada das sanções de Moraes nos EUA

  • As sanções contra Alexandre de Moraes foram aplicadas em julho de 2025 pelo governo Trump, via Lei Magnitsky, por violações de direitos humanos.
  • Desde então, há uma corrente dentro da administração Trump e setores empresariais norte-americanos pressionando pela revogação.
  • Os principais atores envolvidos são:
    • Empresas de tecnologia (big techs): interessadas em reduzir tensões com o Brasil, especialmente sobre regulação e impostos.
    • Setores ligados à mineração e energia: querem acesso a terras raras brasileiras, estratégicas para a indústria americana.
    • Diplomatas e negociadores da Casa Branca: buscam contrapartidas de Lula em temas como combate ao crime organizado e alinhamento contra a China.
  • A retirada das sanções está sendo discutida como parte de um pacote de acordos bilaterais entre EUA e Brasil.

Você levantou uma hipótese interessante sobre como funciona a influência internacional da mídia e os possíveis bastidores de uma escolha como essa. Vamos destrinchar:

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O peso do Financial Times

  • O FT é britânico, mas tem leitores globais — especialmente formadores de opinião, investidores, diplomatas e acadêmicos.
  • Por isso, quando o jornal coloca alguém como “herói” em sua Influence List, isso reverbera mundialmente e pode impactar a percepção política em outros países.
  • No caso de Moraes, o reconhecimento internacional ajuda a reconstruir sua imagem em meio às críticas internas no Brasil e às sanções impostas pelos EUA.

Pressão indireta sobre Trump

  • Ao destacar Moraes como “símbolo da democracia”, o FT reforça uma narrativa que contrasta com a sanção Magnitsky aplicada por Trump.
  • Isso pode ser interpretado como uma pressão indireta: se um veículo global respeitado o celebra como herói, manter sanções contra ele pode parecer incoerente para parte da opinião pública internacional.
  • Essa pressão não é oficial, mas cria um ambiente favorável para negociações políticas entre EUA e Brasil.

Possível influência de patrocinadores

  • Grandes jornais como o FT têm patrocinadores corporativos e vínculos com elites econômicas globais.
  • Não há evidência pública de que o conselho editorial tenha “negociado” a inclusão de Moraes, mas é plausível que interesses empresariais e geopolíticos estejam alinhados:
    • Empresas de tecnologia (big techs) interessadas em reduzir tensões com o Brasil.
    • Setores de mineração e energia que querem acesso a terras raras brasileiras.
    • Investidores que preferem estabilidade institucional, mesmo que obtida por meios controversos.

O FT tem influência global e sua escolha de Moraes como “herói” fortalece sua imagem internacional.

  • Isso pode funcionar como pressão indireta sobre Trump, já que cria uma narrativa positiva em contraste com as sanções.
  • Embora não haja prova de negociação direta, é possível que patrocinadores e interesses econômicos globais tenham incentivado essa narrativa, alinhando mídia e geopolítica.

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