Fiocruz organiza caravana contra “todos que tramam contra o país”, em horário de expediente.

Fiocruz organiza caravana contra
Ministra da Saúde (Ex-FioCruz ) Nísia Andrade? Imagem: youtube
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Fiocruz organiza caravana contra “todos que tramam contra o país”. A convocação da Fiocruz para a caravana foi feita através sistema de som em todo o complexo da Fundação Oswaldo Cruz.

Em vídeo que circula pelas mídias sociais é possível ver que em 09 de janeiro de 2023, a Fundação convocava para caravana e manifestação “contra o facismo que ameaça o país”. No áudio alerta a necessidade de todos se “unirem pedindo punição exemplar para os criminosos contra o país”. A concentração foi agendada na Cinelândia em no Rio de janeiro as 15:00hs (horário de expediente de funcionários).

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Entretanto, o objetivo da Fundação segundo o governo federal é promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.

Mas segundo a convocação no sistema de som do complexo a Fundação estava convocando os funcionários para um objetivo que não os estipulados acima.

Criada em 25 de maio de 1900 – com o nome de Instituto Soroterápico Federal -, a Fiocruz nasceu com a missão de combater os grandes problemas da saúde pública brasileira. Para isso, moldou-se ao longo de sua história como centro de conhecimento da realidade do País e de valorização da medicina experimental.

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Hoje, a instituição, vinculada ao Ministério da Saúde, abriga atividades que incluem o desenvolvimento de pesquisas; a prestação de serviços hospitalares e ambulatoriais de referência em saúde; a fabricação de vacinas, medicamentos, reagentes e kits de diagnóstico; o ensino e a formação de recursos humanos.

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São mais de 7.500 servidores e profissionais com vínculos variados, uma força de trabalho que tem orgulho de estar a serviço da vida.

A Fiocruz tem sua base fincada num campus de 800.000 m2 no bairro de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em torno dos três históricos prédios do antigo Instituto Soroterápico Federal – o Pavilhão Mourisco, o Pavilhão do Relógio e a Cavalariça -, funcionam nove de suas 15 unidades técnico-científicas e todas as unidades de apoio técnico-administrativas. Outras seis unidades situam-se nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Manaus e Curitiba.

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Corrupção na Fiocruz

Os esquemas de corrupção e fraude na gestão da Saúde desviaram pelo menos R$ 1,8 bilhão dos cofres públicos do RJ de 2007 até 2020.

Essa soma é resultado de um levantamento feito pelo G1 com base em denúncias do Ministério Público Federal (MPF), que investigou fraudes no setor em seis fases da Operação Lava Jato no estado.

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O valor supera o que já foi gasto pelo Governo do RJ com a pandemia. Segundo da Comissão Especial de Gastos com a Covid-19, já foram executados R$ 1,7 bilhão com mais de 120 contratos. Outros R$ 661 milhões estão em andamento, somando R$ 2,3 bilhões.

Desse total gasto na pandemia, cerca de R$ 700 milhões estão sob suspeita de desvios, segundo investigações que levaram às operações Favorito e Tris in Idem, que levaram ao afastamento do governador Wilson Witzel e à prisão do secretário de Saúde Edmar Santos, entre outros.

As operações e os respectivos danos estimados aos cofres públicos:

Fatura Exposta (2017): R$ 16,2 milhões
Ressonância (2018): R$ 1 bilhão
SOS (2018): R$ 74 milhões
Favorito (2020): R$ 647,1 milhões
Dardanários (2020): R$ 12 milhões
Tris in Idem (2020): R$ 50 milhões
O valor exato calculado pelo G1 foi de R$ 1.799.368.433. este valores foram apurados até setembro de 2020. Porém atualmente novos escândalos já surgiram.

Ministra da Saúde Lula fez parte de esquema de corrupção da Fiocruz

Doutora em sociologia e mestre em ciência política, Nísia Trindade foi a escolhida por Lula para assumir o Ministério da Saúde no governo petista. O anúncio foi feito na quinta-feira (22) de dezembro 2022, e em seguida o colunista Guilherme Amado já trouxe um escândalo envolvendo a FioCruz, Instituição da qual Nísia é presidente. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu providências para evitar que o Ministério da Saúde pague, numa contratação direta da Fiocruz, R$ 114 milhões a mais do que o necessário em testes de Covid.

O ministério negocia a contratação direta após revogar um pregão em outubro, alegando razões técnicas, de readequação do tamanho do edital. A compra dos testes se arrasta desde julho, quando foi publicado um edital. Mais de vinte empresas tentaram participar, oferecendo pelo menos R$ 8 por unidade.

Em paralelo, o órgão negocia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para comprar 10 milhões de testes por um preço muito maior do que o oferecido pelas empresas: R$ 19,40 por unidade.

A área técnica do TCU apontou o risco de um sobrepreço milionário e recomendou a investigação do caso. Pediu também que o Ministério da Saúde seja ouvido para esclarecer por que revogou o pregão.

Informações com Gustavo Negreiro

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