Frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção de carne destinada aos Estados Unidos após o governo americano anunciar uma tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, confirmada pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do estado (Sincadems) e pelo governo local, tornou inviável economicamente a exportação para o mercado norte-americano, que é o segundo maior comprador da carne bovina brasileira.
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Pelo menos quatro grandes frigoríficos — JBS, Naturafrig, Minerva Foods e Agroindustrial Iguatemi — paralisaram temporariamente a produção voltada aos EUA para evitar o acúmulo de estoques que não seriam vendidos. Segundo o vice-presidente do sindicato, Alberto Sérgio Capucci, os embarques atuais levam cerca de 30 dias para chegar ao destino, e, com a tarifa em vigor a partir de 1º de agosto, toda carga enviada agora já sofreria a tributação adicional, tornando as operações inviáveis financeiramente.
Mato Grosso do Sul é um dos principais exportadores do país, com a carne bovina desossada e congelada representando 45,2% do total exportado para os EUA em 2025, segundo a Federação das Indústrias do Estado (FIEMS). Em valores, as exportações movimentaram mais de US$ 142 milhões no ano. A suspensão das exportações causa preocupação com o aumento de estoques e a realocação dos produtos, com possíveis destinos alternativos incluindo Chile e Egito, conforme avaliação do secretário estadual Jaime Verruck.
As empresas da bolsa brasileira mais afetadas pela suspensão das exportações de carne para os Estados Unidos, ocorrida após a tarifa extra de 50% imposta pelo governo Trump, são os frigoríficos JBS (JBSS3) e Minerva Foods (BEEF3), ambos com operações relevantes em Mato Grosso do Sul. Além deles, outros frigoríficos locais como Naturafrig e Agroindustrial Iguatemi também paralisaram a produção destinada aos EUA, mas não possuem ações listadas na B3.
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A JBS e a Minerva Foods são protagonistas no mercado de exportação de carne bovina para os EUA, sendo que Mato Grosso do Sul responde por uma fatia importante do volume embarcado ao país. A forte exposição dessas empresas ao mercado norte-americano traz impacto direto em seus resultados financeiros e, consequentemente, em suas ações, especialmente diante da incerteza da permanência da tarifa com o governo Lula demorando a negociar, e a suspensão temporária das exportações.
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Enquanto a produção destinada ao mercado interno segue normalmente, a paralisação dos embarques aos EUA afeta o desempenho dessas companhias na bolsa, refletido em oscilações recentes dos preços de suas ações. A JBS, por exemplo, registrou queda nas cotações no dia do anúncio, diante da preocupação dos investidores com as tarifas e seus efeitos comerciais.
Em resumo, JBS e Minerva Foods são as principais empresas listadas na B3 diretamente impactadas pela medida de tarifa americana sobre carnes brasileiras, devido à parada das exportações de Mato Grosso do Sul para os EUA, que representam uma fatia significativa de sua receita de exportação.
A paralisação das produções e exportações de carne impacta toda a cadeia produtiva do estado, desde os frigoríficos até produtores rurais, que já sentem a redução na demanda por gado. Setores ligados à pecuária demonstram preocupação com prejuízos financeiros, risco de demissões e pressionam o governo Lula por negociações diplomáticas para reverter ou mitigar a tarifa imposta, vista que era de 10%, antes de Lula comprar briga como os EUA, durante o BRICS Brasil.