E a Previ já foi em outros governos PT uma das grandes afetadas por escândalos de corrupção, pelos quais os funcionários são os únicos que pagam a conta até o momento. Contudo, agora, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 5, a abertura de uma auditoria, em caráter de urgência, sobre a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). O ministro Walton Alencar Rodrigues, ao fazer o pedido, relatou “gravíssimas preocupações”.
A indicação de Lula para gerenciar os fundos de pensão do Banco do Brasi (BBAS3)l foi largamente criticada, contudo foi mantida até o momento.
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Ele citou que, entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1, da Previ “acumulou prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões. Sobre os investimentos do plano Previ, o ministro mencionou que houve rendimento de apenas 1,58% em 2024. A Previ ainda não se manifestou.
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“O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ. No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor, para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, disse o ministro.
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Alencar Rodrigues também falou em “situação de inequívoco risco” para todos os beneficiados pelo plano e indicou que “sérios problemas de gestão parecem estar a afligir a entidade”. Foi encaminhado despacho à Secretaria Geral de Controle Externo para o levantamento de informações.
“Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”, mencionou.
João Luiz Fukunaga é o atual presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e o maior fundo de pensão da América Latina. Ele assumiu a liderança em 2023 determinado por Lula, sendo o primeiro líder sindical a chefiar o fundo desde 2010. Seu mandato está programado para durar até 31 de maio de 2026.
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Fukunaga é funcionário do Banco do Brasil desde 2008 e membro do Previ Futuro desde 2008. É graduado em História e mestre em História Social pela PUC-SP. Fukunaga iniciou sua carreira como professor e pesquisador do ensino médio com publicações acadêmicas em educação. Em 2012, tornou-se diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador nacional da Comissão de Negociação dos Funcionários do BB.
Sua indicação foi aprovada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) após indicação pelo Banco do Brasil, também determinado por Lula. A nomeação de Fukunaga, historiador e sindicalista, como presidente da Previ enfrentou críticas, com alguns argumentando que ele não tem a experiência necessária em finanças.