O governo de Javier Milei na Argentina anunciou nesta sexta-feira (19) que uma auditoria no sistema de pensões por invalidez e deficiência revelou um esquema de fraudes em gestões anteriores, que só no último ano teria somado US$ 3,4 bilhões (R$ 18,8 bilhões).
A revelação foi feita pelo economista Manuel Adorni, porta-voz de Milei, durante sua coletiva de imprensa matinal. “Era um alto nível de descontrole nas pensões por deficiência”, disse Adorni.
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Segundo a Casa Rosada, de 2003 a 2023, o número de pensões concedidas aumentou de 79 mil para mais de 1,2 milhão, durante períodos majoritariamente de governos peronistas e kirchneristas, com uma breve interrupção pela gestão de Mauricio Macri de 2015 a 2019. Adorni relatou que atualmente, no país, 25 mil pessoas recebem pensões por deficiência, mas continuam trabalhando.
Além disso, foram identificadas incompatibilidades nos requisitos de 65 mil beneficiários, alguns dos quais possuíam propriedades no exterior e até aviões privados.
Adorni também destacou casos específicos de fraudes, como na província de Chaco, onde o mesmo raio-X de ombro foi usado em 150 casos diferentes para declarar invalidez. Na província vizinha de Corrientes, um raio-X do corpo de um cachorro foi apresentado como prova em um caso. As informações ainda não foram detalhadas e as provas não foram expostas, mas a investigação continua.