General Arruda é exonerado do comando do Exército Brasileiro. Após reunião realizada na sexta-feira (20), com o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas, Lula (PT) exonerou, neste sábado (21),o general Júlio César de Arruda do posto de comandante do Exército do Brasil. A demissão será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
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Desde a indicação do General Arruda, o PT se posicionou contra por considerá-lo o “mais bolsonarista” dentre as opções. Porém, o ministro José Múcio afirmou que o critério de escolha foi o tempo de serviço do militar, além de levar os nomes dos indicados para o ministro Alexandre de Moraes. Múcio chegou a se responsabilizar por sua escolha, em conversa com o magistrado.
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O substituto do General Arruda será o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que aparece discursando de maneira incisiva, em vídeo divulgado ontem, defendendo a lisura do processo eleitoral brasileiro e do resultado das eleições que asseguraram Lula na Presidência da República.
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“Também é o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta, nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel da instituição de Estado, da instituição que respeita os valores da pátria. Somos Estado”, afirmou Paiva em vídeo.
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Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o General Júlio Arruda foi exonerado por se recusar a cumprir a ordem que atingia diretamente o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid.
Após a informação de que Cid supostamente operava um “caixa 2” com o cartão corporativo de Bolsonaro, Lula (PT) teria determinado a Arruda que exonerasse o homem de confiança do ex-mandatário, que atualmente comanda o 1º Batalhão de Ações e Comandos, o 1º BAC, uma das unidades mais prestigiadas do Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia. Mas Arruda se recusou de cumprir a ordem.
A relação entre Lula e as Forças Armadas anda estremecida desde a sua declaração de que “não confia”, além de designar a guarda presidencial à Polícia Federal, desde a sua posse, em 1º de janeiro.
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