Durante o Verde Day, evento anual da gestora Verde Asset, Luis Stuhlberger, um dos maiores investidores do Brasil e presidente e diretor de investimentos da empresa, declarou sua total desilusão com as políticas fiscais do governo Lula. “Eu me penitencio por ter acreditado que o PT teria alguma seriedade fiscal”, declarou Stuhlberger, refletindo sobre sua frustração ao observar as recentes mudanças nas metas fiscais e o encaminhamento do projeto orçamentário de 2025, que descreveu como uma “peça de ficção”.
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O ano de 2024 foi marcado por desapontamento para Stuhlberger, o que o levou a reajustar suas estratégias de investimento devido à deterioração das condições fiscais do país. Ele criticou a facilidade com que o governo altera as regras fiscais e a falta de credibilidade nas políticas econômicas, fatores que, segundo ele, aumentam o risco fiscal no Brasil.
O gestor também destacou a importância de uma postura firme do Banco Central no controle da inflação, recomendando que a instituição seja cautelosa com os cortes na taxa Selic e adote uma comunicação mais rígida. Além disso, mencionou como as novas despesas do governo Lula prejudicam as reformas necessárias e limitam o espaço para gastos futuros.
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Como resposta ao cenário adverso, Stuhlberger realocou parte de sua carteira de investimentos, substituindo títulos públicos brasileiros por títulos do Tesouro dos Estados Unidos, buscando capitalizar sobre a diferença nas taxas de juros, o “spread”.
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Ademais, ele alertou para a possibilidade de práticas de contabilidade criativa pelo governo para acomodar despesas fora do orçamento, especialmente diante da limitada margem para aumentar impostos. Stuhlberger, profundamente crítico à atual gestão fiscal do governo, ressaltou a incapacidade do presidente Lula de aprender com erros passados e a falta de um compromisso genuíno com a responsabilidade fiscal.
“Me caiu a ficha de como pude acreditar que haveria o mínimo de responsabilidade desse governo cujo único objetivo é ganhar eleição”, afirmou Stuhlberger, evidenciando sua profunda decepção com a falta de seriedade fiscal do governo Lula.