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Uma nova onda de golpes envolvendo leilões falsos tem alarmado autoridades e consumidores em todo o Brasil. Quadrilhas especializadas estão criando sites fraudulentos que imitam plataformas legítimas de leilões judiciais e extrajudiciais, enganando milhares de pessoas com promessas de veículos e imóveis a preços muito abaixo do mercado. Segundo dados recentes da Polícia Civil e do Ministério Público, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 50 milhões apenas em 2025.

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Uma quadrilha especializada em aplicar golpes de falsos leilões na internet é alvo de uma operação interestadual realizada na quarta-feira (22). Policiais civis de São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Amazonas, Pará e do Rio Grande do Sul cumprem mandados de busca e apreensão e de prisão em endereços relacionados aos envolvidos. Um homem de 32 anos apontado como principal articulador do esquema criminoso foi detido na capital paulista.

Foi descoberto que a quadrilha atuava em diversos estados brasileiros, usando perfis falsos e anúncios pagos nas redes sociais para atrair as vítimas. Segundo as investigações, os criminosos investiam em publicidade digital para impulsar os sites fraudulentos e dar aparência de legitimidade.

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O dinheiro das vítimas caía em conta de “laranjas” para dificultar o rastreamento. Posteriormente, os suspeitos lavavam o dinheiro por meio de negócios fictícios, que movimentaram aproximadamente R$ 6,5 milhões.

Os envolvidos ainda utilizavam de ferramentas de anonimização digital e criptografia, por isso, foi necessário técnicas avançadas de rastreamento cibernético e análise financeira para identificar os suspeitos.

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Como funcionam os golpes

Os criminosos operam com alto grau de sofisticação. Eles clonam visualmente sites de empresas reais, como leiloeiras reconhecidas ou até órgãos públicos, utilizando domínios semelhantes e certificados de segurança falsos. Os anúncios são veiculados em redes sociais e buscadores, com links patrocinados que direcionam para páginas fraudulentas.

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Após atrair a vítima com ofertas tentadoras — como carros com até 60% de desconto — os golpistas exigem pagamento antecipado para “garantir o lote”. O dinheiro é transferido para contas laranjas, geralmente abertas com documentos falsos, e os criminosos desaparecem sem entregar o bem.

Dados e casos recentes

  • Em São Paulo, uma operação da Polícia Civil desmantelou uma quadrilha que movimentou R$ 2,3 milhões em cinco meses. O grupo operava um site falso que imitava o portal de uma leiloeira oficial e usava perfis falsos para dar credibilidade às negociações.
  • No Mato Grosso do Sul, consumidores foram enganados por um site que usava indevidamente o nome da empresa PMAX — que não realiza leilões — causando prejuízos individuais de até R$ 80 mil.
  • Segundo levantamento da Febraban, os golpes com leilões cresceram 38% em relação a 2024, impulsionados pela digitalização acelerada e pela falta de regulamentação específica para plataformas de leilão online.
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Perfil das vítimas

As vítimas são, em sua maioria, pessoas em busca de oportunidades de compra econômica, especialmente veículos. Muitos são trabalhadores autônomos ou aposentados que veem nos leilões uma chance de adquirir bens com desconto. A falta de conhecimento jurídico e a confiança em aparências digitais contribuem para a vulnerabilidade.

Como se proteger

Especialistas recomendam atenção redobrada antes de participar de qualquer leilão:

  • Verifique o domínio do site: Leilões judiciais geralmente ocorrem em sites com final “.gov.br” ou registrados em cartórios.
  • Consulte o leiloeiro: Todo leiloeiro oficial deve estar registrado na Junta Comercial do estado.
  • Desconfie de preços muito baixos: Ofertas muito vantajosas podem ser iscas.
  • Evite pagamentos antecipados sem contrato ou garantia jurídica.
  • Pesquise a reputação da empresa em sites como Reclame Aqui e redes sociais.

Iniciativas de prevenção

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estuda a criação de um registro nacional de leiloeiros e plataformas autorizadas, com verificação digital e selo de autenticidade. Os golpes com leilões falsos mostram como a sofisticação digital pode ser usada para fraudes em larga escala. Em tempos de crise econômica, a promessa de bons negócios se torna ainda mais sedutora — e perigosa. A informação continua sendo a principal arma contra esse tipo de crime.

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