O governo dos Estados Unidos suspendeu uma parceria com o Brasil para a prevenção de incêndios florestais. A medida foi tomada após o decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump suspender as atividades de assistência internacional. Após descobrir desvio de recursos e corrupção.
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O Serviço Florestal dos Estados Unidos executava no Brasil o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios para treinamento de brigadistas. A iniciativa era financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), onde o governo Trump encontrou desvio de dinheiro para funções que não condizem com o objetivo da agência, por esta razão optou pelo seu fechamento.
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– O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esclarece que recebeu email informando que, devido a um decreto federal, nesse período de transição do governo dos EUA, as atividades de assistência internacional estariam suspensas por 90 dias – afirmou o Ibama, em nota.
Diante da interrupção da cooperação internacional, as atividades estão sendo reprogramadas pelo Ibama, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), outro órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, pela Funai, vinculada à pasta dos Povos Originários. Os órgãos brasileiros farão uma análise para definir se manterão as reuniões previstas mesmo sem participação dos Estados Unidos ou se elas serão remarcadas.
O Ibama destaca que não há prejuízo direto na interrupção do programa, uma vez que as ações de prevenção e combate a incêndios são realizadas com recursos do orçamento da União, sem dependência de fontes externas.
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– A paralisação das atividades da Usaid não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil. O prejuízo envolve aspectos técnicos, em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais – explica o Ibama.
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A prevenção e o combate aos incêndios florestais é um dos principais desafios do governo Lula. Desde que assumiu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem acumulado problemas nas respostas à crise das queimadas no Brasil. O número de focos em 2024 aumentou 146,4% em comparação com o ano anterior – a Amazônia registrou recorde no número de focos de fogo. Apesar da seca recorde e das mudanças climáticas, que intensificaram o quadro, especialistas apontaram na época que o governo falhou na prevenção.