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Apesar de Roberto Campos Neto ter deixado a presidência do Banco Central no fim de 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), seguem culpando o economista pela alta do juro.

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Na última quarta-feira 19, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic de 13,25% para o patamar de 14,25% e sinalizou que deve subir na próxima reunião, em maio, em “menor magnitude”.

A autoridade monetária está agora sob o comando de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, 4 dos 9 integrantes do comitê também foram escolhidos pelo petista.

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Contudo, durante o programa Bom dia, Ministro na 5ª feira (20.mar), Haddad atribuiu a Campos Neto a responsabilidade pela alta da Selic e ignorou a atual configuração do BC.

Sobre a reunião de dezembro, quando a taxa subiu de 11,25% para 12,25%, Haddad sinalizou que foi decidido por duas novas altas, que ficariam para 2025. Portanto, a gestão Campos Neto teria dado um “guidance” de duas altas de 1 ponto percentual, uma em janeiro e outra em março.

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“O antigo presidente do Banco Central foi nomeado pelo Bolsonaro e ficou 2 anos além do mandato do Bolsonaro”, disse. “Você contratou, como dizem, 3 aumentos bastante pesados na Selic na última reunião do ano passado…. Você não pode, na presidência do Banco Central, dar um cavalo de pau depois que você assumiu. Isso é uma coisa muito delicada”, completou.

Haddad omitiu o fato de que o atual presidente do BC Galipolo escolhido por Lula, já estava no Banco Central no ano passado e também foi favorável em seu voto pelas decisões na época tomadas, visto que Campos Neto foi apenas um voto de todos os outros que contribuíram para as decisões.

Lindbergh, por sua vez, disse em seu perfil no X que a política monetária é um “equívoco com impactos nefastos” e ainda citou o ex-presidente do BC.

“Entendemos que a decisão de dezembro, tomada por Roberto Campos Neto, já deixou pré-fixado 2 aumentos de 1% na Selic”, escreveu. No caso, não seriam aumentos de 1%, mas de 1 ponto percentual na taxa de juros.

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A agora ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, era um dos nomes do governo que mais criticava a alta da Selic sob a gestão de Campos Neto.

A petista, no entanto, vem adotando um comportamento diferente com Galípolo…. Ela não se manifestou a respeito da alta do juro desta vez.

Em janeiro, Gleisi criticou a alta da Selic, mas disse que o presidente do BC não teve alternativa. À época, a taxa básica passou de 12,25% para 13,25%.

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