O governo Lula concluiu a venda estratégica de minas e projetos de níquel localizados em Goiás, Pará e Mato Grosso para a estatal chinesa MMG, num negócio avaliado em cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões). A transação despertou atenção global e controversas, pois uma empresa concorrente com sede na Europa, a holandesa Corex Holding, afirma ter apresentado uma oferta quase o dobro do valor, em torno de US$ 900 milhões (R$ 4,9 bilhões), porém perdeu a disputa comercial e questiona a lisura do processo em órgãos regulatórios do Brasil e da União Europeia.
A venda inclui as operações integradas das minas de Barro Alto e Niquelândia, em Goiás, e projetos no Pará e Mato Grosso, colocando o níquel brasileiro no centro da geopolítica global e da corrida por minerais essenciais à transição energética mundial, pois esse metal é crítico para a fabricação de baterias de veículos elétricos e aço inoxidável.
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A concentração da oferta nas mãos chinesas gera preocupação das potências ocidentais. Os Estados Unidos e a União Europeia monitoram a operação com cautela, apontando para riscos de monopólio e impacto na segurança de suprimentos estratégicos. O Cade no Brasil recebeu denúncias alegando possível quebra da concorrência, e a Comissão Europeia analisa a transação em Bruxelas.
O especialista Ronaldo Carmona, da Escola Superior de Guerra, destaca que a operação reflete a estratégia chinesa de controlar cerca de 60% da oferta global de níquel, reforçando sua liderança no setor minerador e impactando o equilíbrio do mercado mundial. A venda também acende um alerta local importante para municípios como Barro Alto (GO), onde a presença chinesa pode trazer dependência externa.
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No cenário global, o níquel brasileiro emerge como peça chave na corrida por tecnologias limpas e descarbonização, posicionando o país na linha de frente da disputa econômica, diplomática e ambiental entre as grandes potências, enquanto os debates sobre soberania e desenvolvimento nacional ganham força diante da entrega pelo governo Lula dos recursos naturais do Brasil a outros países sobretudo, onde o governo Lula tem entregado todas as riquezas brasileiras para a China.