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O governo federal suspendeu a compra de 100 mil toneladas de arroz importadas e zerou a Tarifa Externa Comum (TEC) para importação do grão de países fora do Mercosul até o fim de 2024.

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A decisão do governo Lula de importar o cereal contraria posicionamento dos produtores nacionais. A Federarroz, entidade que representa cerca de 6 mil produtores, garantiu que não faltará o produto e que mais de 80% da produção já foi colhida.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o leilão que o governo Lula promoveria para a compra do arroz foi suspenso após o Mercosul elevar o preço do produto em até 30%.

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Provavelmente a alta o valor se deva a propaganda feita por Lula de uma necessidade falsa, segundo o setor do mercado.

“Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar”, disse o ministro ao portal G1.

Vale lembra que já noticiamos aqui no Portal, que o governo anunciou a compra do arroz mesmo sem necessidade, e já havia estipulado valor para venda e embalagem com propaganda própria. Uma falsa necessidade de importação do grão.

“Certamente, eles vão voltar para a realidade porque não é justo”, acrescentou o ministro.

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Fávaro contou que, após saber da especulação de preços no Mercosul, fez uma reunião de emergência, na quinta-feira (16), com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

“A decisão foi do presidente”, disse Fávaro, ao se referir à suspensão do leilão e à isenção do imposto de importação do arroz.

O leilão de compra do grão seria feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, até a última atualização desta reportagem, não havia sido divulgada uma nova data para acontecer.

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Os parceiros do Brasil no Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina) são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. E, como o bloco é uma zona de livre comércio, eles não pagam imposto para vender ao Brasil.

O governo Lula então zerou a taxa de importação de arroz para qualquer país, para conseguir seu meio de propaganda. Agora, as taxas estão zeradas para o restante do mundo.

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