Milhões de passageiros enfrentaram transtornos nesta segunda-feira, 27, por causa de uma das maiores paralisações de trabalhadores em décadas na Alemanha. Aeroportos, estações de ônibus e trens em todo o país ficaram sem operações, em virtude das greves convocadas pelo sindicato Verdi e pelo sindicato ferroviário e de transportes EVG.
A paralisação afetou os principais terminais de transporte do país, incluindo dois dos maiores aeroportos da Alemanha, em Frankfurt e Munique. Voos precisaram ser suspensos, e os serviços ferroviários foram cancelados pela operadora Deutsche Bahn.
Durante os protestos, trabalhadores em greve vestindo jaquetas amarelas ou vermelhas tocaram buzinas, sirenes e apitos, ergueram faixas e agitaram bandeiras.
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Segundo a Associação de Aeroportos ADV, cerca de 380 mil passageiros de companhias aéreas foram afetados. Em Frankfurt, quase 1,2 mil voos de 160 mil passageiros foram cancelados. Os viajantes tiveram de dormir nos assentos dos aeroportos. Em Colônia, a falta de trens urbanos provocou uma corrida aos táxis.
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Trabalhadores e empresas negociam há três dias acordos salariais. O resultado da conversa pode desencadear novas greves.
Uma oferta de aumento salarial de 5%, durante um período de 27 meses, e um pagamento único de € 2,5 mil foram apresentados pelos empregadores. Contudo, os sindicatos consideram essas ofertas inaceitáveis, visto que a inflação no país é crescente — atingiu 9,3% em fevereiro. Os grevistas pedem um aumento de dois dígitos.
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A Alemanha, que dependia fortemente da Rússia para obter gás antes da guerra na Ucrânia, foi particularmente atingida pelos preços mais altos. O índice de inflação na Alemanha é de quase 9%.
As pressões decorrentes do aumento dos preços levaram os Bancos Centrais a uma série de aumentos nas taxas de juros, embora os formuladores de políticas monetárias tenham dito que é muito cedo para falar de uma espiral de preços e salários.
Nesta segunda-feira, um porta-voz do governo alemão disse que a política deve ficar fora das negociações salariais. A ministra do Interior, Nancy Faeser, expressou confiança de que uma solução será encontrada nesta semana.
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