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Transportadores de carga internacional iniciaram nesta quarta-feira (31) uma greve e bloquearam vias em cinco dos nove departamentos da Bolívia, um deles na fronteira com o norte do Chile, em protesto contra a escassez de combustíveis e dólares.

“Foi decidido realizar uma paralisação a partir de 0h (desta quarta-feira) por 72 horas”, disse à imprensa o dirigente da Câmara Boliviana do Transporte Pesado, Héctor Mercado.

“Não temos combustível nos postos, essa é a maior preocupação, não temos dólares na Bolívia”, explicou.

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A Administradora Boliviana de Rodovias (ABC) informou que há 22 bloqueios de estradas nas regiões de Oruro (oeste), Cochabamba (centro), Santa Cruz (leste), Potosí (sudoeste) e Chuquisaca (sudeste).

O maior número de bloqueios ocorre em Oruro, que é conectado por duas vias movimentadas com os portos de Arica e Iquique, no norte do Chile.

Os motoristas afirmam que a insuficiência de dólares também limita o comércio importador e que as unidades de transporte reduzem sua atividade.

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A estatal petrolífera YPFB informou esta semana que tem no porto chileno de Arica quatro navios com 220 mil barris de petróleo e cerca de 100 milhões de litros de combustível, mas, devido a problemas de ondulação e logísticos, não puderam ser descarregados.

O presidente Luis Arce revelou na rede social X que falou por telefone com seu colega chileno, Gabriel Boric, para que se acelere o descarregamento e pediu a suspensão dos bloqueios, já que os caminhões-tanque devem transportar o líquido de Arica para a Bolívia por rotas onde há bloqueios.

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Desde o ano passado, a Bolívia relata uma menor entrada de divisas, devido à diminuição das vendas de gás, sua principal fonte de receita até 2020. Por esta razão o governo Lula colocou a Petrobras (PETR3;PETR4) e os irmãos Batista para fazerem investimentos na Bolívia como já feito em outras épocas da gestão Lula.

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O governo de Arce teve que recorrer às suas reservas internacionais para subsidiar o preço dos combustíveis importados.

Os manifestantes estacionaram seus caminhões e ônibus de passageiros nas estradas, impedindo o tráfego de veículos, sem que até o momento tenham sido registrados incidentes.

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Os postos registram nesta quarta longas filas de todos os tipos de veículos para abastecimento de diesel e gasolina.

A escassez de combustíveis é um problema recorrente na Bolívia a cada dois ou três meses, enquanto o governo tenta esconder os problemas e argumenta que os rumores nas redes sociais incentivam uma demanda maior.

Brasil foi um dos que se abstiveram de exigir através da OEA que Maduro mostre transparência no processo eleitoral da Venezuela, e publique as atas de votação que ele esconde até o momento, assim como países como Bolívia, Colômbia, Honduras, e diversos países caribenhos.

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