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Perguntado sobre a mudança da meta fiscal de déficit zero, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desconversou e repetiu o que tem dito há meses. “Se eu não tivesse muita convicção do que estou perseguindo, não estaria defendendo há 13 meses a mesma coisa”, afirmou durante a entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura.

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Para não dar espaço para o assunto avançar, apelou para o “se”. “Temos uma grande possibilidade pela frente. Se a gente der uma arrumadinha nas coisas. Se o juros nos Estados Unidos sobretudo, na Europa, começarem a cair, não precisa nem ser em março, começar a cair no primeiro semestre“, desejou.

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Vai coincidir com a queda aqui do Banco Central – continua a Selic com gordura pra queimar – dá pra baixar a Selic. Se coincide virtuosamente no front externo com uma redução dos juros. Se nós estamos com a economia um pouco mais organizada. Se o Marco de Garantias aumentar o crédito. Se toda a agenda microeconômica que Marcos Pinto  (secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda) está levando à frente, for aprovada. Já foi metade aprovada, a gente aprova a outra metade”, continuou o ministro. “Meu, nós temos uma chance de ouro“, concluiu Haddad.

Na semana passada, relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou risco de déficit primário de até 55,3 bilhões de reais neste ano. O alerta foi feito em trabalho de acompanhamento dos aspectos de conformidade e procedimentos de previsão de receitas, fixação de despesas e metas fiscais do Orçamento de 2024.

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A estimativa da Receita Primária Federal Líquida, em 19,2% do PIB, é muito acima do que foi observado nos anos recentes, indicando estar superestimada. Isso indica a possibilidade de se ter déficit primário de até R$ 55,3 bilhões e de descumprimento da meta de resultado fiscal proposta no Projeto de LDO para 2024“, explicou a nota do tribunal.

Enquanto isso, Haddad se esquiva de responder e mantém o Brasil à espera por alguma sinalização sobre como buscar o déficit zero no ano,

Em vez de responder a questão, o ministro enrola e deixa todos sem resposta. Na prática, toda a fala de Haddad  até agora poderia ser substituída pela frase popular que diz que “se minha tia tivesse rodinha, ela seria uma bicicleta“.

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