O Ibovespa superou os 146 mil pontos no melhor momento, mas as variações foram modestas durante o pregão, em meio a noticiário esvaziado e vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,25%, a 145.865,11 pontos. No melhor momento, chegou a 146.398,76 pontos. Na mínima, marcou 145.495,55 pontos. Na semana, subiu 2,53%.
O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$28 bilhões.
De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo a caminho dos 150.000 e 165.000 pontos. Do lado da baixa, acrescentaram no relatório Diário do Grafista, o primeiro suporte está em 144.900 pontos.
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“No entanto, há uma reflexão importante a acompanhar: o Ibovespa fez nova máxima de 2025, o dólar renovou mínima de 12 meses, o que é bom, porém os demais índices setoriais da B3 ainda não engataram”, ponderaram.
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Wall Street também encerrou no azul e com novas máximas, apoiando o movimento na B3. O S&P 500 avançou 0,49%.
É importante entender que embora o Ibovespa esteja subindo o ideal é sempre avaliar o Ibovespa dolarizado e também descontar a inflação, caso contrário os números parecem muito melhor do que de fato são, principalmente se considerarmos a redução do poder de compra.
Como as ações terminaram o dia?
- ELETROBRAS (ELET3) avançou 3,16%, na nona alta seguida, fechando na máxima de R$50,55. Analistas do BTG Pactual afirmaram em relatório recente que a empresa é uma das potenciais grandes vencedoras entre as geradoras de energia diante do cenário de preços de eletricidade cada vez mais voláteis e sustentados no mercado de curto prazo brasileiro.
BRADESCO (BRDC3) subiu 1,78%, tendo no radar anúncio de que seu conselho de administração aprovou R$3 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP). No setor, BTG PACTUAL UNIT valorizou-se 1,58% e ITAÚ UNIBANCO (ITUB3) avançou 1,33%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 0,68% e BANCO DO BRASIL (BBAS3) recuou 2,17%.
- VALE (VALE3) subiu 0,4%, em dia de alta do minério de ferro na China. A mineradora também concluiu com a Global Infrastructure Partners (GIP) a formação de uma joint venture na Aliança Energia, recebendo US$1 bilhão em caixa. No setor de mineração e siderurgia, porém, USIMINAS PNA foi o destaque fechando com elevação de 2,74%.
- NATURA ON cedeu 4,65%, em sessão de ajustes, após disparar 16% na véspera com o anúncio de acordo para a venda de negócios sob a divisão Avon Internacional.
- COSAN (CSAN3)caiu 4,46%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do UBS BB cortando a recomendação das ações para “neutra”, mas mantendo o preço-alvo em R$9.
- PETROBRAS (PETR3) recuou 1,11%, em mais um pregão de fraqueza do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent encerrando com declínio de 1,13%. No setor, BRAVA ENERGIA ON caiu 2,32%, tendo no radar que a Maha Capital concluiu nesta sexta-feira a venda de todas as ações que detinha na companhia.
Bolsas americanas renovam recorde
As bolsas de Nova York encerraram em alta nesta sexta-feira, em níveis recordes pelo segundo dia consecutivo, após endosso de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao corte de juros e uma conversa entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, descrita como “produtiva”.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,37%, a 46.315,27 pontos; O S? o Nasdaq subiu 0,72%, a 22.631,48 pontos. Na semana, houve ganhos de 1,05%, 1,22% e 2,21%, respectivamente.
Indicado por Trump, o diretor do Fed Stephen Miran disse que vai tentar “convencer” os colegas a cortar juros de forma mais agressivo. Miran foi o único dissidente que votou por uma redução de 50 pontos-base (pb) na reunião da última quarta-feira.
Também nesta sexta, o presidente da distrital do Fed em Minneapolis, Neel Kashkari, indicou apoio a um relaxamento mais gradual, enquanto a líder da regional de São Francisco, Mary Daly, disse que o corte desta semana foi para apoiar o mercado de trabalho. Para analistas do BMO Economics, “um Fed menos restritivo deve apoiar as avaliações de ativos de risco.”

Também em foco nas mesas de operações, após a conversa com Xi Jinping, Trump disse que Pequim aprovou o acordo do TikTok, mas não divulgou mais detalhes.
Entre ações individuais em destaque, com as ações da Apple fecharam em alta de 3,20%, no mesmo dia em que o novo iPhone 17 começa a ser vendido. O movimento acelerou após o jornal The Information revelar que a empresa pediu que pelo menos dois fornecedores aumentem em 30% a produção do novo aparelho.
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Os papéis da Intel fecharam em baixa de 3,24% após saltarem quase 23% na quinta, reagindo ao anúncio de um investimento de US$ 5 bilhões da Nvidia, que, por sua vez ficou perto da estabilidade, registrando ganhos de 0,24%.
FedEx subiu 2,32% após divulgar ajustes nos ganhos do primeiro trimestre fiscal, enquanto a receita de mais de US$ 22 bilhões também superou previsões do mercado.