O Ibovespa (IBOV) pegou carona do apetite ao risco do exterior com expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos em breve e saltou quase 3,5 mil pontos.
Nesta sexta-feira (22), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 2,57%, aos 137.968,15 pontos. Durante a sessão, o Ibovespa chegou ao patamar dos 138 mil pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 1,19%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4258, com queda de 0,97%. Na semana, a divisa teve valorização de 0,52% ante o real.
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As atenções, porém, ficaram concentradas no exterior. O esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole elevou as expectativas de uma flexibilização da política monetária na maior economia do mundo
No Brasil, a expectativa de corte nos Estados Unidos também teve reflexo na curva de juros futuros, com algumas casas de análises antecipando a projeção de flexibilização da Selic pelo Banco Central.
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Alta generalizada do Ibovespa
Nenhuma ação do Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta sexta-feira (22) em queda. Os principais beneficiados pelo otimismo geral foram as ações cíclicas — também chamadas de domésticas, sendo mais sensíveis a fatores macroeconômicos como as taxas de juros.
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Natura (NATU3) encabeçou as altas com salto de mais de 8%, com o forte alívio na curva de juros futuros. Cogna (COGN3), Cyrela (CYRE3) e Azzas 2154 (AZZA3) também figuraram como as maiores altas do índice.
Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR3; PETR4) foi a ação mais negociada na B3. A estatal, além do apetite ao risco, foi impulsionada pelo desempenho do petróleo no mercado internacional.
As ações dos bancos reduziram as perdas após uma semana de incertezas sobre a aplicação das sanções individuais impostas pelos Estados Unidos. Banco do Brasil (BBAS3) encerrou com alta de mais de 4% e figurou com o papel mais negociado da bolsa brasileira.
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Os índices de Wall Street fecharam em forte alta, com destaque para o recorde histórico do Dow Jones.
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O mercado elevou as expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos. Durante o Simpósio de Jackson Hole, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell disse que “a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes” na postura da autoridade monetária — o que foi lido pelo mercado como uma sinalização de corte nos juros.
Na Europa, os principais índices acionários também ganharam fôlego na esteira de Wall Street após falas de Powell. Em destaque, o FTSE 100, de Londres, fechou a sessão em recorde e teve o melhor desempenho semanal desde maio. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,40%, aos 561,30 pontos.
Na Ásia, os índices fecharam sem direção única. Entre os principais índices asiáticos,