Em editorial publicado Na quarta-feira (4), o jornal Washington Post, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos e conhecido por seu apoio a esquerda mundial, comentou a situação da rede social X no Brasil e falou sobre o “conflito” entre o bilionário Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF). A publicação defendeu a posição de Musk e disse que a proibição da rede social é um “ataque à liberdade de expressão”.
A plataforma X foi banida no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes após o X não indicar um representante legal para responder à Justiça no Brasil.
“Quando se trata de liberdade de expressão, Elon Musk, o bilionário CEO da Tesla e da SpaceX está correto quando diz que a decisão de um jurista brasileiro de proibir unilateralmente a X, de sua propriedade, de operar no país é um ataque ao discurso na internet em todo o mundo”, afirmou o jornal.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está em busca de limpar a desinformação online há anos, tendo ordenado que as plataformas removam resmas de postagens que ele declarou ameaçar a democracia. O esforço recebeu elogios de comentaristas de centro-esquerda durante os últimos estágios do mandato do presidente populista de direita brasileiro Jair Bolsonaro, já que o então titular e seus apoiadores ameaçaram não aceitar os resultados se perdessem a eleição de 2022. E, de fato, puxar para baixo mentiras com o potencial de distorcer o voto ou inspirar violência pode ser a coisa responsável por plataformas como X fazerem em certas circunstâncias limitadas. Mas é mais do que irresponsável para o governo fazer tais ligações. A história no Brasil mostrou o porquê.
A campanha de remoção de Moraes pode ter sido eficaz no combate às teorias da conspiração de direita, mas a um custo substancial para a liberdade de expressão
Além disso, o jornal afirmou que as medidas adotadas por Moraes parecem ser autoritárias.
– Qualquer que seja a ameaça à democracia que as contas que Moraes queria remover possam representado, a ameaça de um único funcionário do governo limitar a liberdade de expressão de 220 milhões de pessoas é maior. Juntamente com a escolha de Moraes de congelar os ativos da Starlink, uma empresa separada de Musk, essa ação alinha o Brasil não com o mundo livre, mas com países como a China e a Rússia – destacou.